Pesquisadores descobriram que uma galáxia chamada “Spiderweb” se alimenta apenas de gases de restos de outras estrelas e não como geralmente acontece. O normal é que galáxias se formam a partir de galáxias menores que se aproximavam tanto, até que finalmente se fundem devido à atração gravitacional.
“Isso é diferente do que vemos no universo próximo, onde galáxias crescem por canibalizar outras galáxias”, disse o pesquisador principal Bjorn Emonts do Centro de Astrobiologia na Espanha.
O estudo ainda aponta que, a Spiderweb é cerca de três vezes maior que a Via Láctea e situada a 10 bilhões de anos-luz da Terra, e ela ainda está passando por sua “infância”.
Isso porque as observações dão indícios que ela está ainda em formação. E o mais surpreendente: está crescendo a partir de gases gerados anteriormente durante a formação de outras estrelas.
Ao observarmos a galáxia Spiderweb agora, estamos vendo como estava se formando quando o Universo tinha menos de 4 bilhões de anos.
Baseado no que sabemos sobre formação de super galaxia hoje, a equipe pensou que veriam estrelas e pequenas galáxias formando a partir de gás de hidrogênio, que é padrão, e então essas galáxias seriam atraídas pela gravidade para fazer galáxias maiores.
Mas, em vez disso, o que eles descobriram sugere que a enorme Spiderweb está literalmente imersa em uma nuvem de gases.
Só essa nuvem tem uma massa em torno de 100 mil milhões de vezes a massa do Sol, além de ser três vezes o tamanho da Via Láctea – o que é muito mais do que eles esperavam.
A equipe também descobriu que o gás estava inesperadamente frio, cerca de -200 graus Celsius. “É surpreendente”, disse um dos pesquisadores, Matthew Lehnert, do Instituto de Astrofísica de Paris. “Nós teríamos esperado um monte de galáxias em colapso, o que teria aquecido o gás, e por isso pensamos que o monóxido de carbono seria muito mais difícil de detectar”.
A Spideweb é constituída por um grupo de uma dúzia de pequenas galáxias, que estão caindo lentamente e se fundindo em meio a um vasta quantidade de gás frio. Para o estudo, os pesquisadores analisaram dados fornecidos pelo observatório Very Large Array, nos Estados Unidos, e do Australia Telescope Compact Array, na Austrália.
Caso queira mais detalhes, veja o artigo publicado na Science aqui.
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