Na última terça-feira, quase 10 milhões de jovens chineses realizaram o exame nacional para ingressar na universidade e, pela primeira vez, podem ir presos por até 7 anos de prisão se por ventura forem pegos colando no exame. Já para os alunos que obtiverem repostas de forma ilegal, serão proibidos de realizar qualquer outro exame de educação pelos próximos três anos, de acordo com a agência de notícias estatal Xinhua.
A lei foi aprovada em novembro de 2015, e é necessária para preservar a imparcialidade do exame, conhecido no país como a prova mais importante da vida de um cidadão. Quem obtiver notas altas , terão a oportunidade de ir para uma universidade de renome e uma profissão bem remunerada, já pontuações baixas são motivo de vergonha para toda a família, confirmam os representantes do governo.
O gaokao, equivalente ao nosso ENEM, é altamente competitivo, por isso, alguns estudantes e seus familiares estão dispostos a qualquer forma burlar a fiscalização da prova. De acordo com o jornal The New York Times, alguns pais contratam empresas para transmitir respostas para os filhos através de micro rádios e outros subornam oficiais para terem acesso à prova antes do dia do exame. Dá pra acreditar?
Para a prova deste ano, policiais de Pequim foram deslocados para os locais de prova com objetivo de monitorar os estudantes. Nas últimas edições do exame, foram instalados scanners de impressão digital nas escolas e sutiãs com aro de metal foram banidos, porque poderiam esconder dispositivos eletrônicos de transmissão.
De acordo com o jornal chinês Global Times, os responsáveis pela prova esperam que a possibilidade de prisão acabe de vez com os esquemas de trapaça. “Não acreditem que nenhum grupo ou indivíduo que ofereça uma ‘falsa ajuda’ no teste, pois correm o risco de sofrer com arrependimento durante toda a vida”, alertou o Ministro da Educação da China em um comunicado aos candidatos.
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