A cada 67 segundos, alguém nos EUA é diagnosticado com a doença de Alzheimer. E cuidar de pessoas assim pode ser uma tarefa muito dificil. Pensando nisso, o jovem Kenneth Shinozuka criou uma solução que pretende ajudar a todos portadores dessa doença.
O jovem conta de onde veio a ideia para a criação deste equipamento, “Quando eu tinha quatro anos, meu avô e eu andávamos em um parque no Japão, quando de repente ele se perdeu. Foi um dos momentos mais assustadores da minha vida, e foi também nosso primeiro alerta de que o meu avô tinha a doença de Alzheimer. Ao longo dos últimos 12 anos, a sua condição foi piorando, e principalmente suas andanças causaram muito estresse a minha família. Minha tia, sua principal cuidadora, lutava para ficar acordada à noite, de olho nele, e mesmo assim, muitas vezes não conseguiu vê-lo saindo. Eu fiquei muito preocupado com o bem-estar da minha tia, bem como com a segurança do meu avô. Eu procurei muito por uma solução que ajudasse minha família, mas não encontrei nenhuma.”.
E foi então que, uma noite, quando viu seu avô saindo da cama, pensou: “Por que não colocar um sensor de pressão em seu calcanhar?”. Uma vez que o paciente saia da cama e pise no chão, o sensor de pressão detecta um aumento de pressão causada pelo peso corporal e envia um alerta sonoro para o smartphone do cuidador.
O sensor criado é: vestível, fino e flexível o suficiente para ficar confortável na planta do pé do paciente. Após muita pesquisa e testes com vários materiais, como borracha, percebeu-se que era muito espessa para ser usada na planta do pé. Então, decidiu imprimir um sensor de filme com partículas de tinta sensíveis à pressão, eletricamente condutoras. Com a pressão aplicada, a conectividade entre as partículas aumenta.
Em seguida, teve de projetar um circuito sem fio vestível, mas a transmissão sem fio consome muita energia e requer baterias grandes e pesadas. Então, foi usada a tecnologia Bluetooth, que consome pouca energia e pode ser conduzida por uma bateria pequena.
Por fim, a criação do aplicativo que após assistir muitos tutoriais no YouTube ele conseguiu desenvolver os aplicativos para android e IOS. Integrando esses componentes, foi possível criar com êxito dois protótipos: um em que o sensor é colocado dentro de uma meia, e outro que é um conjunto de sensores reagrupados que pode ser colado numa superfície de contato com a planta do pé do paciente. O jovem ainda ressalta: “Eu testei o dispositivo no meu avô por cerca de um ano, e ele teve uma taxa de sucesso de 100% em detectar os mais de 900 casos conhecidos de suas andanças.“.
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