Equinócio: O fenômeno que equilibra dia e noite
Duas vezes por ano, a Terra atinge um momento especial em sua órbita em que o dia e a noite têm praticamente a mesma duração: uma vez em março e outra em setembro. Esse fenômeno é conhecido como equinócio. Devido à órbita irregular do planeta ao redor do Sol, as datas do equinócio variam ligeiramente a cada ano. O evento de março ocorre entre os dias 20 e 21, enquanto o de setembro acontece entre os dias 21 e 23.
O equinócio de março marca a transição das estações: no Hemisfério Norte, dá início à primavera, enquanto no Hemisfério Sul, representa o começo do outono. Em 2025, esse momento acontecerá na quinta-feira, dia 20. O termo equinócio vem do latim aequus (igual) e nox (noite), refletindo a ideia de equilíbrio entre os períodos de luz e escuridão.
O que causa os equinócios?
Os equinócios ocorrem devido à inclinação de 23,5° do eixo de rotação da Terra em relação ao plano de sua órbita ao redor do Sol. Essa inclinação faz com que, ao longo do ano, diferentes partes do planeta recebam mais ou menos luz solar, resultando nas estações.
Durante o solstício de junho, o Hemisfério Norte está inclinado em direção ao Sol, recebendo mais luz e marcando o verão, enquanto o Hemisfério Sul enfrenta o inverno. No solstício de dezembro, a situação se inverte. Já nos equinócios, em março e setembro, o Sol se posiciona diretamente sobre a linha do Equador, criando um equilíbrio entre a duração do dia e da noite.
No equinócio de março, o Sol move-se em direção ao Hemisfério Norte, enquanto no de setembro, ele segue para o Hemisfério Sul.
Por que as datas dos equinócios mudam?
A Terra leva aproximadamente 365 dias, 5 horas e 48 minutos para completar sua órbita ao redor do Sol. Esse tempo extra, além dos 365 dias do calendário comum, faz com que as datas dos equinócios se atrasem ligeiramente a cada ano.
Se não houvesse ajustes no calendário, as estações do ano se deslocariam progressivamente. Para corrigir essa defasagem, um dia extra é adicionado a cada quatro anos – o 29 de fevereiro dos anos bissextos – garantindo que os ciclos das estações continuem sincronizados com a posição da Terra em sua órbita.
Além disso, no equinócio de março, o Sol atinge uma ascensão reta próxima de zero, ou seja, sua posição no céu está quase exatamente oposta à do equinócio de setembro, garantindo a simetria do fenômeno ao longo do ano.
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