Além de obter sucesso na produção desse elemento, a equipe acredita ter encontrado um caminho promissor para criar o tão esperado 120º elemento da tabela periódica.
Atualmente, a tabela periódica conta com 118 elementos oficialmente reconhecidos, mas a busca por elementos mais pesados e duráveis continua, com esperanças de encontrar uma “ilha de estabilidade” onde esses elementos poderiam existir de forma mais estável.
Método Inovador
O método tradicional de criar novos elementos sintéticos envolve o bombardeamento de prótons em núcleos pesados, frequentemente utilizando isótopos de cálcio-48 para atingir plutônio. No entanto, a nova abordagem substitui o cálcio pelo titânio-50. Essa mudança foi aplicada com o objetivo de produzir o elemento 116. Utilizando superímãs e elétrons livres para remover alguns dos elétrons do núcleo do titânio, os pesquisadores conseguiram criar um ambiente ideal para o experimento.
Durante 22 dias, lâminas de plutônio foram irradiadas com titânio, resultando na formação dos desejados isótopos de livermório. A partir dessas reações, há esperanças de que elementos mais estáveis possam ser criados, com tempo de vida suficiente para que sejam estudados e, possivelmente, utilizados.
Onde Está o Elemento 120?
Embora o elemento 120 ainda não tenha sido isolado, os pesquisadores acreditam que o novo método, utilizando titânio em vez de cálcio, pode ser a chave para alcançar essa descoberta. Com o avanço das técnicas de detecção e a continuação dos experimentos, espera-se que o elemento 120 seja sintetizado com a estabilidade necessária para estudos futuros.
Caso o elemento 120 corresponda às expectativas, ele poderá representar um marco significativo no campo da física e da química, possivelmente levando à tão sonhada ilha de estabilidade.
Elementos Naturais, Sintéticos e o Futuro da Química
Os elementos químicos podem ser de origem natural ou sintética. Os naturais são encontrados na natureza, enquanto os sintéticos são criados em laboratórios. A ausência de alguns elementos sintéticos na natureza pode ser atribuída às condições específicas de temperatura, pressão e outros fatores ambientais que prevaleceram ao longo da história do universo.
Ainda há muito a ser descoberto sobre os elementos da tabela periódica, especialmente aqueles com meias-vidas extremamente curtas, que ainda não foram estudados em profundidade. Não há um limite definido para o número de elementos que podem existir, e muitos nomes hipotéticos já foram propostos para futuros elementos ainda não descobertos.
A Busca Continua
As teorias e hipóteses sobre o elemento 120 serão testadas em breve. A equipe de pesquisa planeja concluir os ajustes técnicos necessários para que as primeiras rodadas de experimentação possam ocorrer em 2025.
Embora possa parecer simples a substituição de um elemento por outro no bombardeio de núcleos atômicos, a cautela é essencial, especialmente quando se trabalha com elementos radioativos. A busca pelo elemento 120 é um exemplo da persistência dos cientistas em expandir os limites do conhecimento, mesmo sem ter encontrado ainda o elemento 119, o ununênio.
Em breve, podemos esperar novidades e, quem sabe, preencher mais alguns dos espaços ainda em branco na tabela periódica.
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1 comentário
A combinação de Ti-50 e Cf-249, resultando em Ubn-295 ou Ubn-296, não resulta em uma combinação favorável, tendo em vista que esses nuclídeos estão acima da linha principal de estabilidade para esse elemento. A massa dos isótopos de maior meia-vida devem estar nas proximidades de Ubn-313, Ubn-316 e Ubn-317. Os de massa 295 e 296 vão se desintegrar rapidamente. O negócio era inserir mais nêutrons na reação, ou utilizar isótopos de Titânio e/ou Califórnio mais pesados.