Um artigo publicado na revista Psychological Science in the Public Interest avaliou dez técnicas para melhorar a aprendizagem. É importante ressaltar que cada pessoa tem seu estilo próprio de estudo, alguns conseguem estudar melhor com música, outros com silencio total. Mas seria interessante, caso queira, experimentar as técnicas desconhecidas e ver o resultado de cada uma delas no seu aprendizado.
No artigo as técnicas vão de utilidade baixa, moderada a alta.
Utilidade baixa
1 – A técnica que possui menor utilidade entre as técnicas de estudo é: Grifar
O estudo aponta que a técnica de apenas grifar partes importantes de um texto é pouco efetiva pelos mesmos motivos pelos quais é tão popular: praticamente não requer esforço.
Ao fazer um grifo, seu cérebro não está organizando, criando ou conectando conhecimentos. Então, grifar só pode ter alguma (pouca) utilidade quando combinada com outras técnicas.
2 – Releitura
O estudo, mostra que determinados tipos de leitura (massive rereading) podem ser melhores do que resumos ou grifos, se aplicados no mesmo período de tempo. A dica é reler imediatamente depois de ler, por diversas vezes.
3 – Mnemônicos
Uma técnica para memorizar informações envolvendo ligações de palavras aos significados por meio de associações. A pesquisa descobriu que mnemônicos são úteis para memorizar informações no curto prazo em uma variedade de situações, incluindo a aprendizagem de línguas estrangeiras, aprendendo nomes e profissões das pessoas, aprender termos científicos etc.
Assuntos que não se adaptam bem a geração de palavras-chaves não conseguiram ser bem aprendidos com o uso de mnemônicos. Então, utilize-os em casos específicos e pouco tempo antes de teste.
4 – Visualização
Os pesquisadores pediram que estudantes imaginassem figuras enquanto liam textos. O resultado positivo foi apenas em relação a memorização de frases. Em relação a textos mais longos, a técnica mostrou-se pouco efetiva.
5 – Resumos
Eu uso essa técnica desde o ensino médio e sempre teve um resultado bem positivo na minha aprendizagem.
Segundo o estudo: os resumos são úteis para provas escritas, mas não para provas objetivas. A técnica de resumir ainda é mais útil do que grifar e reler textos.
Utilidade moderada
6 – Interrogação elaborativa
A técnica de interrogação elaborativa consiste em criar explicações que justifiquem por que determinados fatos apresentados no texto são verdadeiros. Se concentrar em Por quê? E não em O que?
Nesse tipo de estudo há um esforço maior do cérebro, pois concentra-se em compreender as causas de determinado fato, investigando suas origens.
7 – Auto-explicação
Outro método que eu particularmente utilizo muito e tenho um ótimo resultado é a auto-explicação. Basicamente é ler o conteúdo e explicá-lo com suas próprias palavras para você mesmo.
O estudo mostrou que a técnica é mais efetiva se utilizada durante o aprendizado, e não após o estudo.
8 – Estudo intercalado
A pesquisa procurou saber se era mais efetivo estudar tópicos de uma vez ou intercalando diferentes tipos de conteúdos de uma maneira mais aleatória.
Os cientistas concluíram que a intercalação tem utilidade maior em aprendizados envolvendo movimentos físicos e tarefas cognitivas (como ciências exatas).
Utilidade alta
9 – Teste prático
Realizar testes práticos sobre o que você está estudando é uma das duas melhores maneiras de aprendizagem. A pesquisa científica mostrou que realizar testes práticos é até duas vezes mais eficiente do que outras técnicas.
10 – Prática distribuída
Você já se perguntou se é melhor estudar em grandes seções ou dividir o seu estudo ao longo de um período de tempo? A pesquisa descobriu que o nível ideal de distribuição de sessões de aprendizagem é de 10-20% do comprimento de tempo que algo precisa ser lembrado. Então, se você quer se lembrar de algo por um ano você deve estudar, pelo menos, uma vez em cada mês, então se você quer se lembrar de algo por uma semana você deve dar espaço a sua aprendizagem de 12-24 horas de intervalo.
A prática distribuída também pode ser interpretada como a distribuição do estudo em pequenos períodos ao longo do dia, intervalando com períodos de descanso. Por exemplo, meio dia, meia noite e outra hora do dia.
Gostou das técnicas de estudo citadas no artigo? Conhece outras técnicas não citadas? Então, deixe-nos a sua opinião aqui nos comentários.