Em setembro de 2017, sem o conhecimento do público em geral, uma nuvem levemente radioativa se moveu pela Europa. Foi a liberação mais séria de material radioativo desde Fukushima 2011, mas não causou nenhum risco à saúde da população e, portanto, passou despercebida.
Agora, um novo estudo foi publicado que tenta localizar a fonte do lançamento. A pesquisa consiste em mais de 1300 medições de toda a Europa e outras regiões do mundo. 176 estações de medição de 29 países foram envolvidas no trabalho.
Instalação nuclear russa Majak
O que os pesquisadores descobriram foi que a radiação não veio de um acidente no reator, mas sim um acidente em uma usina de reprocessamento nuclear. Embora a origem exata da radioatividade seja difícil de identificar, os cientistas suspeitam de um local de lançamento no sul dos Urais, onde está localizada a instalação nuclear russa Majak.
“Nós medimos o rutênio radioativo-106”, disse o professor Georg Steinhauser, da Universidade de Hanover (que está intimamente associado ao Instituto Atômico). “As medições indicam a maior liberação singular de radioatividade de uma usina de reprocessamento civil.”
O lançamento foi descoberto no outono de 2017. Consistia em uma nuvem de rutênio-106 com valores máximos de 176 millibecquerels por metro cúbico de ar, valores até 100 vezes superiores às concentrações totais medidas na Europa após o incidente de Fukushima.
O estudo foi publicado na revista Proceedings of National Academy of Sciences (PNAS)
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