De acordo com a UNAIDS, um programa das Nações Unidas criado em 1996 e que tem a função de criar soluções e ajudar nações no combate à AIDS, são 37 milhões de pessoas vivendo com o vírus HIV em todo o mundo. Esse é um número de fato muito elevado, mas os cientistas vêm há anos trabalhando com objetivos alcançar uma vitória contra a doença que traz sérios prejuízos à saúde física e também emocional dos pacientes.
A boa notícia é que eles alcançaram uma surpreendente conquista, que traz uma luz de esperança tanto para a comunidade médica quanto para todos que convivem com o vírus HIV.
Agora, de acordo com artigo publicado pelo El País, pela primeira vez, em mais de dez anos, um protótipo de vacina contra vírus chegou à fase 3 dos ensaios clínicos, ou seja, chegou na última etapa. Nesse período de experimentação, os cientistas testarão a vacina em pessoas infectadas para determinarem se ela é eficaz na proteção contra a transmissão do vírus HIV, que pode levar à AIDS por falta de tratamento.
A farmacêutica Janssen, da Bélgica, é a responsável pelo desenvolvimento da vacina, e utilizou um adenovírus modificado para levar até o interior das células o DNA das proteínas mais representativas do vírus, para que o organismo produza anticorpos contra elas.
Desse modo, serão necessários aplicar duas vacinas. A primeira terá três proteínas e a segunda, 4. De acordo com o pesquisador da Janssen, Antonio Fernandéz, ambas criam anticorpos, mas ainda resta saber se elas serão eficazes em humanos.
O ensaio dessa última fase terá duração de 24 a 36 meses, para que os especialistas possam confirmar a permanência e intensidade da proteção da vacina.
Em todo mundo serão 3.800 voluntários que irão testar as vacinas.
José Moltó, um dos médicos que irá participar do teste, disse que o processo de desenvolver uma vacina contra o vírus é longo, porque o HIV tem uma “enorme variabilidade”. Isso quer dizer que, ao ser pressionado pelas células do sistema imunológico, ele muda sua aparência externa e escapa.
A nova vacina busca combater essa variabilidade através de variantes das proteínas do vírus, o que torna mais difícil para ela “escapar” dos anticorpos. A última vez em que uma vacina chegou perto de ser desenvolvida foi em 2009, mas ela evitava apenas 30% das infecções.
Os tratamentos atuais contra o vírus do HIV, por meio de comprimidos, mantêm o vírus sob controle e reduz para que a pessoa infectada não seja capaz de transmiti-lo, mas a esperança é que uma medida ainda mais eficaz exista, para que ele possa ser combatido com mais segurança e o mais precocemente.
Agora, restar torcer para que os testes da fase 3 tenham resultados positivos e a vacina seja liberada o quanto antes.
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