Pesquisadores do acelerador SLAC, na Universidade de Stanford, estão explorando a possibilidade de transformar isopor em diamantes e hidrogênio metálico usando um raio laser intenso. Embora essa descoberta tenha gerado debate entre os especialistas, a equipe liderada por Dominik Kraus demonstrou a capacidade de criar carbono e hidrogênio a partir do plástico através de altas pressões e temperaturas.
Utilizando o feixe de laser, foram geradas ondas de choque que criaram um ambiente de altíssima temperatura e pressão. Essas condições extremas permitiram a transformação do carbono do isopor em diamantes e o hidrogênio em hidrogênio metálico, embora no estado líquido.
A obtenção de hidrogênio metálico tem sido um desafio para a comunidade científica, e experimentos anteriores não foram amplamente aceitos. No entanto, a equipe do SLAC está investigando esse fenômeno para compreender melhor suas propriedades e possíveis aplicações.
O hidrogênio metálico é de particular interesse devido ao seu potencial papel na formação de campos magnéticos em planetas como Júpiter e Saturno. Além disso, existe a possibilidade de que o hidrogênio metálico seja um supercondutor, o que poderia ter implicações significativas na ciência e tecnologia.
Embora seja necessário realizar mais estudos para validar completamente essas descobertas, a pesquisa atual mostra que o uso de um raio laser intenso pode abrir caminho para a síntese de novos materiais e a compreensão de fenômenos complexos. Essa abordagem promissora pode ter implicações significativas em diversos campos, desde a ciência dos materiais até a exploração espacial.
A obtenção de hidrogênio metálico e a interpretação dos resultados ainda são temas de debate e controvérsia. Devido à velocidade e instabilidade das reações envolvidas, bem como à pequena quantidade de produtos gerados, os pesquisadores enfrentam dificuldades em estudar e confirmar a presença de hidrogênio metálico.

Pesquisadores liderados por Dominik Kraus realizaram experimentos utilizando um raio laser intenso para transformar isopor em diamantes e hidrogênio metálico. Teoricamente, sob as condições geradas pelo laser, essas transformações ocorreram por breves períodos de tempo. A pesquisa mostra o potencial de converter materiais comuns em substâncias valiosas, mas o debate científico sobre os resultados ainda persiste.
A equipe baseia sua afirmação de que o hidrogênio se tornou metálico nas condições experimentais em duas razões principais: a teoria que prevê a transição do hidrogênio para o estado metálico nessas condições e as simulações computacionais que indicam a separação do hidrogênio do carbono, sugerindo seu estado metálico mesmo que líquido.
No entanto, reconhecem as limitações das técnicas utilizadas, como a dificuldade de visualizar diretamente os átomos de hidrogênio devido aos sinais emitidos pelos átomos de carbono serem mais intensos. A difração de raios X é o principal método utilizado para estudar o fenômeno.
Apesar das incertezas, a técnica de utilização de plásticos como o PET e poliestireno expandido para a transformação em diamantes é considerada mais promissora, pois é mais simples trabalhar com materiais sólidos contendo hidrogênio do que com hidrogênio gasoso.
Além das aplicações na ciência planetária, esses experimentos podem ter importância na síntese de materiais, como nanodiamantes, que possuem relevância econômica, e também abrir caminho para a descoberta de novos tipos de supercondutores.
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