Pesquisadores da Universidade Federal do Paraná, a UFPR estão desenvolvendo uma vacina contra o coronavírus com 100% de insumos nacionais. Os testes com o imunizante estão na fase pré-clínica, isto é, animais estão recebendo as doses, testagem esta que é a etapa anterior à testagem em humanos.
A técnica utilizada é diferente das principais vacinas já aprovadas no mundo. A vacina da AstraZeneca, produzida em parceria com a universidade de Oxford e a russa Sputnik V utilizam um vírus modificado geneticamente para induzir o corpo a combater o Sars-Cov-2, como exemplo.
Já o imunizante da Federal do Paraná utiliza um componente chamado polihidroxibutirato (PHB), que é um polímero produzido por bactérias. A ideia dos pesquisadores é cobrir o PHB com a proteína chamada “Spike”, responsável pela interligação entre o coronavírus e as células do corpo humano.
Quais são os benefícios?
Marcelo Müller dos Santos, do Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular da universidade paranaense e um dos responsáveis pelo estudo, explicou em entrevista ao jornal Gazeta do Povo que a produção do polímero por sua vez é bem simples.
“Temos indústria aqui no Brasil que produz a molécula. Além disso, não se trata de um material com alta demanda, ou seja, não há risco de escassez no mercado”, pontuou o pesquisador ao jornal.
Caso o trabalho avance para a fase clínica e a eficácia seja comprovada, entre os benefícios o imunizante será muito mais barato do que as outras vacinas e não precisará de insumos importados.
Quai são os próximos passos?
Segundo os acadêmicos, a pesquisa está na etapa chamada de “neutralização”. Nessa fase é verificado se os anticorpos realmente impedem a entrada do vírus no organismo. Entretanto, para avançar no trabalho, a universidade tem buscado parcerias com outras instituições, já que a classificação de biossegurança da universidade paranaense não permite a manipulação do coronavírus.
Assim sendo, os laboratórios de São Paulo e do Rio de Janeiro estão sendo consultados. Se esses laboratórios não tiverem agenda para a parceria, os pesquisadores devem utilizar um “pseudovírus” para continuar os estudos, que ainda não tem previsão de término.
Com informações de TecMundo e Gazeta do Povo.
Achou útil essa informação? Compartilhe com seus amigos! ?
Deixe-nos a sua opinião aqui nos comentários.