Construir casas costuma ser um bom negócio para as construtoras. No entanto, para obter lucro, essas empresas, como em qualquer outro tipo de negócio, necessitam de planejamento, capacidade de gerenciamento, capital para tocar a obra, além de mão de obra qualificada.
Construtoras que levam a sério esses aspectos, desde a busca do melhor terreno até a entrega das chaves, são as que conquistam uma ótima margem de lucro. Mas, qual é a margem de lucro delas?
Para saber mais sobre a margem de lucro de uma construtora, continue a leitura.
Organização e planejamento
O processo para construir, conquistando uma margem de lucro justa, começa já na compra do terreno. O tamanho e a localização interferem diretamente no preço final, uma vez que suas dimensões permitem a construção de um edifício maior e a região determina a valorização do futuro imóvel. Além disso, a topografia do terreno indica os custos com serviços de terraplanagem.
O planejamento e o tamanho da obra é que vão determinar o tempo de execução da mesma. Por isso, um levantamento planialtimétrico (usado, sobretudo, para determinar os limites de um terreno) e uma sondagem precisa, tornam-se essenciais para um projeto. Afinal, esse projeto, também chamado de projeto executivo, guiará todas as etapas da obra, desde a compra dos materiais de construção, contratação e acompanhamento da mão de obra.
Custos da construtora
Numa conta simplista, incluiríamos apenas: terreno, materiais de construção e mão de obra. Entretanto, os custos de uma obra não se resumem a somente três quesitos. Existem os encargos, taxas, administração e finanças, além daqueles indiretos (consumo de água e energia elétrica, telefone, transporte, seguro, mão de obra terceirizada etc).
Uma obra não tem custo lineares, ou seja, os valores não são iguais todos os meses, como em um financiamento. No início, a construtora precisa se “instalar” no terreno, criar um alojamento (quando necessário), realizar a terraplanagem, comprar tijolos, madeiras, ferro e os demais materiais para estocagem. Portanto, o começo de uma obra exige investimentos consideráveis.
Na sequência, com a obra em andamento, utiliza-se os materiais comprados e, conforme necessário, adquire-se o que está no planejamento. Após feita a parte da alvenaria, é a vez dos acabamentos. Nessa etapa, os custos também envolvem cifras maiores, pois os materiais e a mão de obra especializada são mais caros.
Com a aproximação do final da obra, as despesas diminuem, zerando no momento da entrega dos imóveis.
Margem de lucro da construtora
Lembrando que a margem não é definida apenas em cima do lucro que a construtora deseja obter, mas considera-se a cobertura de riscos própria do negócio. Há também o lucro dos demais investidores, quando houverem mais de um.
Para definir o preço, a construtora considera a soma de tudo o que citamos anteriormente, levando em conta ainda o momento do mercado. Se os valores não forem satisfatórios, é necessário rever os custos e identificar onde pode ser melhorado, negociando com fornecedores, prestadores de serviços ou tempo de entrega do empreendimento. Isso, obviamente, sem comprometer a qualidade da obra.
Como exemplos de atitude que podem ser tomadas pela construtora, temos:
- Gerenciamento profissional de todas as etapas da obra;
- Controle rígido em relação ao desperdício de materiais;
- Diminuição de retrabalhos;
- Planejamento, processos e tecnologia para diminuir custos e otimizar o tempo.
Porcentagem do lucro
Após pesquisas, encontramos números referentes à margem de lucro, os quais variam entre 10 e 15% dos custos da obra. Não é regra, porém, temos assim, uma base do que as construtoras costumam ter como margem de lucro. Contudo, reforçamos que isso só possível com planejamento.
Antes de anunciar que tem apartamentos à venda, a construtora deve ter em mente as suas pretensões sobre a margem de lucro e, com planejamento, confirmá-la no final da obra.
Gostou do artigo? Acompanhe também nossas redes sociais e fique atualizado.
Deixe-nos a sua opinião aqui nos comentários.