Os sons inaudíveis e de baixa frequência produzidos pelas usinas eólicas não prejudicam a saúde humana, apesar dos receios generalizados de causar sintomas desagradáveis, disse uma pesquisa publicada na Finlândia.
Vários estudos já concluíram que o ruído audível dos moinhos de vento geradores de energia não causa impactos à saúde além do aborrecimento e distúrbios do sono nas pessoas que moram perto.
No entanto, o projeto finlandês de dois anos, encomendado pelo governo, examinou o impacto de emissões de baixa frequência – ou infra-som – que não podem ser captadas pelo ouvido humano.
Pessoas em muitos países culparam as ondas infra-sonoras por sintomas que variam de dores de cabeça e náusea a zumbido e problemas cardiovasculares, disseram os pesquisadores.
Os cientistas usaram entrevistas, gravações sonoras e testes de laboratório para explorar possíveis efeitos na saúde de pessoas que vivem a menos de 20 quilômetros dos geradores.
No entanto, as descobertas “não apóiam a hipótese de que o infra-som é o elemento no som da turbina que causa aborrecimento”, disseram os pesquisadores, acrescentando: “É mais provável que esses sintomas sejam desencadeados por outros fatores, como a expectativa de sintomas”.
Os testes também não encontraram evidências de que os sons das turbinas eólicas afetem os batimentos cardíacos, segundo o estudo.
A energia eólica pode ser uma das formas mais baratas de energia renovável e se espalhou amplamente nos últimos anos, principalmente na China, nos Estados Unidos e no Brasil.
Quinze por cento da energia da UE provém da energia eólica, de acordo com uma pesquisa de 2019 do órgão da indústria WindEurope, com Dinamarca, Irlanda e Portugal os estados membros mais dependentes dela.
Os oponentes dos moinhos de vento, que podem atingir até 140 metros de altura, argumentam que danificam a paisagem e têm um efeito adverso no bem-estar das pessoas que vivem nas proximidades.
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