Nesse espaço do ”Engenharia em Pauta”, já tivemos oportunidade de conversar sobre a tênue diferença que existe entre administração e gestão. Vamos transcrever parte desta conversa, para melhor “engatarmos” como deve se comportar a liderança nos tempos modernos:
Vamos considerar como Administração as atividades, em uma organização, encarregadas de planejar, controlar e dirigir tudo o que for necessário para que esta organização opere de maneira efetiva. Estamos aqui tocando mais nos aspectos técnicos envolvidos na organização da empresa… Já a Gestão tem como principal objetivo cuidar mais dos aspectos humanos da organização, para estimular a participação dos colaboradores, sua responsabilidade para com seu trabalho, sua motivação, bem como estimular e manter a sinergia entre os grupos que compõem a organização. Em resumo, a administração tem que ser técnica, a gestão tem que ser humana – e as duas devem propiciar sucesso para todos!
Assim, em tempos de rápida evolução tecnológica, social e mesmo comportamental, embora as atividades administrativas continuem sendo extremamente importantes, é preciso tomar muito cuidado para que elas não obstruam ou mesmo dificultem a geração de inovações, requisito fundamental para o sucesso das modernas organizações. E há realmente este perigo, ainda aumentado pela legislação restritiva e burocrática que temos em nosso país.
A gestão então deve ser a “menina dos olhos” da organização moderna e inovadora, devidamente apoiada pela administração. Ou seja, há necessidade de líderes que façam funcionar, de modo bem complementar, as duas funções. Vamos então ver como deve ser o “pano de fundo” desta organização, dentro deste conjunto administração/gestão?
Como base deste “pano de fundo” da organização inovadora, ou que trabalha com alta tecnologia, sua liderança deve estar sempre cultivando uma cultura que apoie a criatividade. Isto é fundamental!
Ou seja, a inovação deve ser encarada como a estratégia principal da organização: todos devem saber que ela é a chave do sucesso, da organização e de cada um, e por tal motivo devem estar intensamente comprometidos com ela e com a equipe. Alcançado este nível, o trabalho deixa de ser considerado como “obrigação”, e passa a ser visto como ponto de desafio e satisfação. É claro que isto tem que ser desenvolvido por uma liderança comprometida, inteligente e participativa. E mais: todos devem contar com o apoio da liderança, para ousar e errar, se for o caso. Há liberdade de expressão e alegria em ousar…
Também, os responsáveis pela gestão devem se preocupar em fornecer as necessárias ferramentas de suporte, desde a descoberta das ideias inovadoras até seu lançamento, se for o caso. Estas ferramentas envolvem toda a equipe, e são constituídas, por exemplo, de reuniões para discussão livre, debate de ideias, rejeições, alterações e melhorias. E mais: todas as ideias que surgirem devem ser registradas, porque sempre poderá haver chance de serem aproveitadas no futuro – fosfato custa dinheiro e esforço, e não pode ser desperdiçado…
Alguém poderia pensar: mas isto não existe! Existe sim, conheço vários casos em que os “negócios” operam assim, e muitos já foram premiados como “melhores locais para se trabalhar”. E também empresas bem conhecidas, como Google, Microsoft, etc., operam dentro de tais princípios. É só a liderança querer, e selecionar uma equipe bem adequada a este tipo de trabalho…
Mas temos mais detalhes a tratar sobre este assunto, tão importante nos dias de hoje! Vamos voltar a conversar sobre isto no próximo “Engenharia Em Pauta”? Até lá, então…
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