Sempre fui um consumidor, não digo fanático, mas quase, de literatura que envolva ficção científica… Desde os gibis de Flash Gordon (quem se lembra dele?), passando por Júlio Verne, na juventude, até os clássicos, como Isaac Asimov, Arthur Clark, H.G. Wells, Ray Bradbury e outros grandes mestres, até hoje… E pude constatar que suas visões fantásticas e distópicas estão, em grande parte, se realizando. Fantástico! Por exemplo, o clássico “Eu, Robô”, de Isaac Asimov (1950) já preconizava em suas ”Três Leis da Robótica”, ideias que podem ser consideradas as bases dos protocolos de segurança no desenvolvimento de robôs e de processos ligados à Inteligência Artificial, tecnologias que já estão entre nós…
E como sempre trabalhei, com grande interesse, na área educacional, também constantemente procurei, não por ficção científica e distopias nesta área, mas por visões futurísticas criadas por mestres interessados em mudanças… Pois, como já citei, elas podem se realizar, e será bom… E então “campeei” na literatura algumas delas, que gostaria de apresentar a você, cara leitora, caro leitor… Medite sobre elas, e veja se não seria bom até que elas se realizassem, no todo ou em partes… Vamos lá, então?
- De Hyuk Jang, educador em Busan, Coreia do Sul: “Não haverá campus físico. Em vez disso, os alunos aprenderão em salas de aula itinerantes, e o mundo real será seu campus. Os alunos viverão juntos e usarão bibliotecas municipais e laboratórios da cidade para concluir um projeto. Aprender não se limitará a uma escola física. Já existe um modelo para isso: Escolas Minerva, uma universidade de risco”.
- De Sharon Hadar, educadora em Raanana, Israel: “Ensinar é uma profissão moribunda? Se não, então a sala de aula vai mudar muito. Não acho que as escolas existirão no mesmo formato, com mesas e cadeiras. Em vez disso, o aprendizado incorporará realidade virtual e múltiplas perspectivas. Os alunos aprenderão a negociar questões e trocar ideias”.
- De Nicholas Provenzano, educador em Michigan, Estados Unidos: “Tecnologias como Evernote, Google e Siri serão padrão e mudarão o valor dos professores e os testarão. Basicamente, se você pode pedir a Siri para responder a uma pergunta, então você não será avaliado sobre isso. Em vez disso, o aprendizado será baseado em projetos. Os alunos serão avaliados em habilidades de pensamento crítico e resolução de problemas. Literatura e matemática ainda serão ensinadas, mas serão ensinadas de forma diferente. A matemática será ensinada como uma forma de aprender a resolver problemas e quebra-cabeças. Na literatura, os alunos serão questionados sobre o que uma história significa para eles. Em vez de fazer testes, os alunos mostrarão aprendizado através de projetos criativos. O papel dos professores será orientar os alunos das áreas onde precisam de orientação, como inovadores. Como você faz as crianças serem inovadoras? Você deixa. Você sai do caminho delas.
- De Josefino Rivera Jr., educador em Buenos Aires, Argentina: “Porque é isso que as carreiras exigirão. A educação não será apenas pegar informações e compartilhá-las de volta, mas também descobrir o que fazer com essa informação no mundo real”.
- De Kristine Sargsyan, educadora em Yerevan, Armênia: “A educação vai incutir a ideia de que tudo o que não é possível agora será possível no futuro”.
O que achou? Distopias? Imaginações férteis? Ou necessidades reais de mudança? De minha parte tenho certeza de que são ótimas sugestões, que podem nos encaminhar para as reais e necessárias mudanças na educação! Pense nisso…
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