A Mercedes-Benz o encerramento da produção de veículos no Brasil, a Audi também pode seguir o mesmo caminho e parar sua fabricação de automóveis por aqui.
A montadora alemã anunciou que sua unidade em Iracemápolis, cidade de pouco mais de 24 mil habitantes, na região de Piracicaba, no interior de São Paulo, inaugurada em março de 2016, vai parar a fabricação de veículos. Apesar de ainda estudar o melhor desfecho para os quase 400 funcionários, a Mercedes poderá abrir um programa de demissão voluntária.
De acordo com a montadora, a crise econômica, agravada pela pandemia do novo coronavírus, foi um dos principais fatores que ocasionou a suspensão de operações da unidade. “Isso causou uma queda significativa nas vendas de automóveis premium” afirmou, em nota, Jörg Burzer, membro do conselho de administração da Mercedes-Benz AG.
A meta inicial da companhia de fabricar até 20 mil carros por ano ficou bem abaixo do esperado. Segundo Fenabrave, federação que reúne as concessionárias, foram emplacadas apenas 1.206 unidades do GLA e 1.785 do Classe C entre janeiro e novembro deste ano.
Responsável pelas produções do esportivo SUV compacto GLA e do sedã médico Classe C, a unidade da Mercedes já havia diminuído o ritmo de suas operações. Em setembro, por exemplo, a fábrica anunciou e paralisação da produção do SUV e a notícia do encerramento da fabricação do sedã médio Classe C, entretanto, no último dia 16, apenas confirmou a paralisação da produção de carros da unidade.
Além dos funcionários, Iracemápolis também deve sofrer com o fechamento da unidade, já que a fábrica era a segunda maior empregadora local. A prefeitura da cidade já estima as perdas financeiras para o ano que vem.
Sobre a Audi
Outra fabricante alemã que pode encerrar a produção de veículos no Brasil é a Audi. O fim dos incentivos para a fabricação de carros de luxo pode levar a empresa a abandonar sua linha de produção no Paraná, que anunciou agora em dezembro o encerramento da produção da atual geração do modelo A3.
Desde que entrou em vigor em 2011, o Inovar-Auto previa uma elevação de 30% no IPI -Imposto para Produtos Importados – para veículos trazidos de fora. O programa do Governo Federal encerrou-se no ano passado e nenhuma outra política industrial foi adotada.
A Audi está tentando contato direto com o governo para discutir o fim do incentivo fiscal, alegando que não gostaria de encerrar a produção de veículos no Brasil.
Segundo a empresa, a Audi está consolidada no país e não deverá ser influenciada por qualquer decisão escolhida pelo sistema tributário brasileiro.
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