No conceituado JPMorgan, tem uma máquina que está analisando acordos financeiros, que antes, tinha uma equipe jurídica ocupada por milhares de horas. O software batizado de COIN (Contract Intelligence), interpreta acordos de empréstimo comercial, tarefa que consumia 360 mil horas de advogados por ano. O software revê os documentos em segundos, que por sua vez é menos propenso a erros e nunca pede férias.
Tudo isso foi graças aos investimentos em machine learning e uma nova rede particular na nuvem, o COIN é apenas o começo para o maior instituição financeira norte-americana. A instituição até criou centros de tecnologia para equipes especializadas em big data, robótica e infraestrutura na nuvem. Tudo isso para encontrar novas fontes de receita, reduzindo despesas e claro, riscos.
Após visitas a Apple e o Facebook para entender como seus desenvolvedores trabalhavam, o banco decidiu criar sua própria rede na nuvem, batizada de Gaia, que entrou em operação no ano passado. Os trabalhos com machine learning e big data agora são rodados através da plataforma privada, que tem efetivamente capacidade ilimitada para suportar sua sede por poder de processamento.
O sistema já vem ajudando a instituição a automatizar algumas atividades de codificação e tornar seus 20 mil desenvolvedores mais produtivos, economizando dinheiro. Quando necessário, a empresa também pode acessar serviços na nuvem externos, como da Amazon, da Microsoft e e até da IBM.
O orçamento que o JPMorgan disponibilizou para tecnologia representa 9% da sua receita projetada – o dobro da média da indústria. Um terço desse orçamento é destinado a novas iniciativas em tecnologias.
Voltando a falar do COIN, o programa já ajudou JPMorgan a reduzir os erros de manutenção de empréstimos, a maioria resultante de erro humano na interpretação de 12 mil novos contratos por ano. O banco busca maneiras de implantar a tecnologia, que aprende através da ingestão de dados para identificar padrões e relacionamentos com clientes. A instituição ainda planeja usá-lo para outros tipos de arquivamentos legais complexos, como seguro contra calote e contratos de custódia. A empresa ainda pensa em usá-lo para ajudar a interpretar os regulamentos e analisar as comunicações corporativas.
Enquanto muitas pessoas se preocupam que tais avanços podem algum dia tomar seus empregos, muitos funcionários de Wall Street estão mais focados em benefícios. Um levantamento feito pelo Options Group, com 3.200 profissionais da área financeira, descobriu que a maioria espera que novas tecnologias trazem melhorias para suas carreiras.
“As pessoas sempre falam sobre isso como um demérito. Eu falo sobre isso como liberar pessoas para trabalhar em coisas de maior valor.” comenta Dana Deasy, Diretora de Informação. O fato é que a tecnologia está mudando a forma como as empresas funcionam – e quem ficar para trás vai morrer.
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