O Brasil não integra o grupo de países que possuem drones de combate, uma tecnologia amplamente utilizada em conflitos recentes. Em 2022, 38 países possuíam drones de ataque, número que subiu para 54 em 2024, o que representa 31% dos 174 países monitorados pela entidade.
Entre os maiores fabricantes e operadores desses drones estão Estados Unidos, China, Turquia e Irã. Além deles, países como Ucrânia, Rússia, França, Reino Unido, Itália, Israel, Índia, Arábia Saudita, Catar, Emirados Árabes Unidos e Venezuela também utilizam essas aeronaves para fins militares.
Atualmente, o Brasil opera apenas drones não tripulados voltados para missões de monitoramento. De acordo com o relatório mais recente do IISS, essas aeronaves são equipadas com câmeras de alta resolução, sensores infravermelhos e outras tecnologias para vigilância aérea em diferentes altitudes e velocidades.
O que são drones de combate?
Diferentes dos drones convencionais, os modelos de ataque são projetados especificamente para operações militares. Segundo o IISS, eles se dividem em duas categorias:
- Drones multifuncionais: usados para combate, vigilância, inteligência e reconhecimento, podendo realizar tanto ataques a alvos terrestres quanto missões de monitoramento.
- Drones de ataque unidirecional: operam de maneira semelhante a mísseis de cruzeiro, sendo programados para localizar e atingir um alvo diretamente.
Esses drones variam em tamanho, velocidade e autonomia. Alguns modelos possuem cerca de 3 metros de comprimento, atingem velocidades de 200 km/h e têm alcance de até 1.000 km. Já os mais avançados podem chegar a 15 metros de comprimento, voar a mais de 500 km/h e atingir alvos a distâncias superiores a 5.000 km.
O armamento embarcado também varia conforme o modelo. Alguns drones carregam diferentes tipos de mísseis e cargas explosivas, enquanto outros possuem tecnologia furtiva para dificultar a detecção por radares.
Principais drones de combate no mundo
Atualmente, diversos países operam drones de combate em missões estratégicas. Entre os modelos mais utilizados estão:
- Caihong-4B (China): Com 3,5 metros de comprimento e capacidade para carregar até seis mísseis, esse drone atinge velocidades de 435 km/h e tem alcance de 5.000 km. Está em operação desde 2014.
- Wing Loong II (China): Mede 11 metros de comprimento, pode transportar até 1 tonelada de armamento e voa a uma velocidade máxima de 370 km/h. Foi lançado em 2017.
- MQ-9 Reaper (EUA): Operando a 15 km de altitude, atinge 444 km/h e percorre até 1.850 km. Entrou em serviço em 2007 e é compatível com uma variedade de mísseis.
- Bayraktar TB2 (Turquia): Com alcance de 1.850 km e velocidade de 222 km/h, esse drone transporta mísseis guiados a laser e opera de forma autônoma.
- Shahed 136 (Irã): Compacto e discreto, viaja em baixa altitude a 185 km/h, com alcance de 1.500 km. Foi introduzido em 2021 e já foi utilizado por países como Rússia e Iêmen.
O avanço da tecnologia de drones de combate tem mudado significativamente o cenário militar global, levando cada vez mais países a investir nesse tipo de equipamento para defesa e operações estratégicas.
Achou útil essa informação? Compartilhe com seus amigos!
Deixe-nos a sua opinião aqui nos comentários.