O fogo é um elemento que tem sido utilizado pelo ser humano há milhões de anos. Quando os Homo Erectus descobriram como acender fogo, ele se tornou uma ferramenta valiosa para aquecer os corpos durante os dias frios, preparar alimentos e realizar outras atividades. Até os dias atuais, o fogo continua sendo uma parte importante da vida humana, sendo usado para acender velas, cigarros e outros objetos. No entanto, o fogo também pode ser perigoso e tem o potencial de causar danos e destruição, sendo necessário ser controlado e usado com cuidado.
Ao longo dos séculos, a humanidade tem evoluído a forma de obter a faísca inicial para iniciar o fogo. A fricção é um método comum que é usado para gerar uma faísca, e isso permitiu a criação de vários dispositivos para facilitar a obtenção de fogo, como o fósforo. No entanto, os isqueiros são um dos mais populares e práticos dispositivos que são usados para gerar uma chama. Eles são duráveis e podem ser facilmente transportados, o que os torna ideais para fumantes e outros que precisam de uma fonte de fogo fácil de usar.
Os isqueiros funcionam liberando um gás inflamável, geralmente gás butano, quando o botão é pressionado. A chama é gerada por uma faísca gerada por uma pequena pedra de aço e um eixo de ligação. Quando a pedra de aço é pressionada contra o eixo, ela cria uma faísca que acende o gás. Isso permite que os isqueiros gerarem uma chama estável que pode ser usada para acender velas, cigarros e outros objetos.
A criação do isqueiro foi inspirada em sistemas de fricção utilizados em espingardas do século XIX. Estas espingardas tinham um sistema de fricção que gerava uma faísca para acender a pólvora, e também utilizavam uma mecha embebida em combustível para manter a chama acesa. Este mesmo sistema é usado até hoje pela famosa marca de isqueiros Zippo.
O primeiro isqueiro conhecido na história foi criado em 1823 por Johann Wolfgang Döbereiner. Ele chamou o dispositivo de “Lâmpada de Döbereiner” e ele funcionava liberando gás hidrogênio flutuando sobre um catalisador de platina aquecido, o que causava a incandescência do gás. Embora a chama produzida pela Lâmpada de Döbereiner fosse forte, ela tinha um odor desagradável.
Apesar disso, a Lâmpada de Döbereiner foi muito popular e foi usada para acender fogueiras, cachimbos e outros objetos. A popularidade do dispositivo foi tão grande que Döbereiner teria vendido mais de um milhão de isqueiros antes de morrer e se tornar rico. A Lâmpada de Döbereiner foi uma das primeiras formas de isqueiro e, embora tenha sido substituída por dispositivos mais modernos, ela ainda é lembrada como um marco na história dos isqueiros.

O químico austríaco Carl Auer Von Welsbach foi um importante inventor do século XX, especialmente devido a sua criação do ferrocério, uma liga composta de ferro e cério. O cério é um metal raro que emana faíscas quando é oxidado rapidamente, o que o torna útil para gerar uma chama.
O ferrocério é usado em muitos dispositivos, incluindo isqueiros, porque é capaz de gerar faíscas quando é esfregado contra um objeto. As faíscas geradas podem atingir até 3 mil °C e são capazes de acender combustíveis leves, como tochas, mas se limitam a pouco mais de 200 °C. A invenção do ferrocério foi fundamental para o desenvolvimento de isqueiros modernos e outros dispositivos que dependem de uma fonte de faísca para funcionar.
O isqueiro moderno que conhecemos surgiu nos anos 1940 com o desenvolvimento da tecnologia de armazenamento a gás. Até 1960, os isqueiros eram principalmente alimentados por nafta, um composto derivado do petróleo. No entanto, foi descoberto que o butano tinha uma chama mais controlada e menos odor desagradável, o que o tornou o combustível mais comum para os isqueiros modernos.
O butano é um gás inflamável que entra em combustão quando há mais de 2% dele misturado ao ar. Ele é armazenado de forma pressurizada, o que permite que ele fique na forma líquida. Quando liberado de um isqueiro, o butano se vaporiza e é incendiado por uma faísca gerada por um sistema de fricção. A temperatura da chama do butano pode chegar a 1.970 °C, o que a torna suficientemente quente para acender velas, cigarros e outros objetos.
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