A teoria convencional ensinada pelos geólogos afirma que as montanhas são formadas nas zonas de subducção, onde uma placa tectônica mergulha sob outra, resultando no amassamento e espessamento da crosta terrestre. No entanto, uma pesquisa liderada por Sean Gallen e sua equipe da Universidade do Estado do Colorado revelou resultados surpreendentes ao estudar a região da Calábria, na Itália. Ao analisar a paisagem e combinar medições de diferentes escalas de tempo, os pesquisadores encontraram evidências que desafiam essa teoria.
A paisagem da região italiana revelou um registro contínuo e abrangente da elevação das rochas, que não correspondeu à correlação esperada com a taxa de subducção ao longo do tempo. Esses achados indicam que nossa compreensão sobre a formação das montanhas pode não ser tão completa quanto se pensava anteriormente.
Os resultados obtidos contradizem a teoria previamente estabelecida e revelam um processo diferente que impulsiona a formação das montanhas, pelo menos no caso da região da Calábria. De acordo com os dados, a descida da placa inferior através do manto terrestre e suas interações com o campo de fluxo do manto parecem ser os principais fatores que controlam a elevação do solo e a formação das montanhas, enquanto o amassamento e espessamento da crosta são considerados secundários.
Os geólogos ressaltam que mais dados são necessários para confirmar essa interpretação, embora sua hipótese seja suportada por modelos numéricos existentes. Pesquisadores anteriores já haviam relacionado a altura das montanhas às interações das placas tectônicas no manto terrestre, que é um material fluido e plástico. No entanto, esta nova pesquisa indica pela primeira vez que esse mecanismo pode ser a força dominante na formação das montanhas nas zonas de subducção.
Esses resultados sugerem que o processo de construção de montanhas na região sul da Itália difere do padrão comumente observado. Parece haver influências mais profundas dentro do sistema terrestre que controlam esse comportamento. Embora modelos já tenham previsto essa dinâmica, esta é a primeira vez que os pesquisadores acreditam ter observado esses efeitos na natureza.
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