Os Antigos Romanos legaram construções notáveis que perduram até hoje, sendo os aquedutos um exemplo notável. Essas estruturas desempenhavam a função de transportar água de locais distantes para abastecer amplas áreas urbanas. Apesar de sua grandiosidade, sua operação era fundamentada em um princípio simples: a gravidade.
A concepção de sistemas de transporte de água não era nova, tendo sido implementada previamente na Pérsia, Índia e Egito. No entanto, os romanos inovaram ao desenvolver intrincadas redes de canais que conduziam água por longas extensões e variados tipos de terreno. Os aquedutos eram construídos de maneira tão eficaz que muitos ainda subsistem na Europa, Norte da África e Oriente Médio. Contudo, a questão que se impõe é: como exatamente foram erigidos esses notáveis feitos da engenharia?
Os romanos enfrentaram desafios consideráveis ao projetar os aquedutos, envolvendo engenharia e seleção de materiais. A primeira consideração foi a topografia do terreno e a inclinação dos canais. Era crucial estabelecer uma velocidade ideal para o fluxo da água: não muito rápido, para evitar o desgaste das estruturas, e também não muito devagar, para prevenir a estagnação e a deterioração da água. Para alcançar esse objetivo, várias ferramentas e técnicas foram empregadas.
Os romanos empregavam uma série de ferramentas engenhosas no projeto dos aquedutos:
– Groma: Utilizada para verificar linhas retas e ângulos de 90 graus. Era constituída por um poste de cerca de 1,5 metros de altura, com travessas perpendiculares em um suporte.
– Dioptria: Empregada para nivelamento e medição de ângulos. Colocada sobre uma base de três pés, possuía engrenagens e parafusos que permitiam movimentos nas direções horizontal e vertical.
– Corobate: Talvez a ferramenta mais crucial para a construção dos aquedutos. Desempenhava o papel de um nível de bolhas e consistia em uma tora de madeira com seis metros de comprimento, apoiada horizontalmente em cada extremidade e equipada com dois fios de prumo.
Essas inovações engenhosas demonstram a habilidade dos romanos em aplicar princípios matemáticos e físicos na construção de complexas redes de aquedutos.
A resistência e longevidade dos aquedutos também devem-se aos materiais empregados. Os romanos ergueram essas estruturas utilizando uma combinação de pedras, tijolos e cimento vulcânico. Esses materiais eram meticulosamente dispostos em andaimes de madeira e o processo de construção, por vezes, se estendia por vários anos.
Além das características arqueadas que se assemelham a pontes, uma grande parte desses canais foi edificada abaixo do solo para proteção contra a erosão. Grandes escavações eram realizadas por equipes numerosas de trabalhadores e escravos, sendo revestidas com argila para prevenir vazamentos. Essas medidas atestam o compromisso dos romanos com a engenharia robusta e a preservação das suas obras.
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