Uma nova abordagem para a coleta de água do ar promete superar os desafios das tecnologias existentes, oferecendo uma solução mais simples e eficiente para extrair água potável da umidade atmosférica. Desenvolvido com materiais que reagem à temperatura, o novo desumidificador, composto por uma liga de níquel-titânio, conseguiu extrair mais água em apenas 30 minutos do que os modelos atuais, utilizando cerca de metade da energia.
A maioria dos dispositivos de coleta de água do ar é volumosa, consome muita energia e opera de forma lenta. Para resolver esses problemas, John LaRocco e sua equipe da Universidade de Ohio, nos EUA, aplicaram o resfriamento elastocalórico. Essa tecnologia usa materiais que reduzem o consumo de energia e simplificam o design do aparelho, tornando-o mais compacto e eficiente.
Como resultado, o protótipo é pequeno o suficiente para ser transportado em uma mochila, o que torna o dispositivo bastante portátil. Além disso, graças à fabricação em impressoras 3D, a equipe disponibilizou os modelos para que qualquer pessoa possa tentar construir seu próprio coletor de água do ar. Embora o protótipo tenha sido projetado para uso pessoal, ele pode ser facilmente ajustado para atender a necessidades maiores, como para residências ou até mesmo comunidades inteiras.
“É totalmente viável criar uma versão muito maior do nosso protótipo”, afirmou LaRocco. “Esse modelo maior seria capaz de extrair grandes quantidades de água em um curto período, mantendo a mesma eficiência energética que o dispositivo menor em operação contínua.”
Desumidificador com Rodas Dessecantes: Comparação com Tecnologia Inovadora de Coleta de Água
Os pesquisadores realizaram uma comparação entre seu novo coletor de água do ar e um desumidificador convencional, que utiliza rodas dessecantes. Estas rodas, compostas por cilindros giratórios revestidos com materiais hidrofílicos, capturam e removem a umidade do ar à medida que ele circula ao redor do dispositivo.
A liga de níquel-titânio (NiTi), escolhida para revestir as rodas dessecantes, é um material conhecido por suas aplicações em robótica, onde é usado para criar músculos artificiais. Além disso, essa liga já foi empregada em outras pesquisas, como na construção de geladeiras que utilizam músculos artificiais para promover o resfriamento.
Durante os testes, cada dispositivo foi avaliado em sessões de 30 minutos, medindo seu consumo de energia, geração de calor e eficiência na coleta de água. O desempenho de ambos os sistemas variou dependendo da umidade do ar ambiente.
Embora o protótipo tenha sido desenvolvido com tecnologia de impressão 3D, o uso desse método impõe limitações. As resinas 3D atualmente utilizadas podem degradar com o tempo, o que significa que a água coletada precisa ser adequadamente filtrada antes do consumo. Isso é necessário para evitar a ingestão de microplásticos, caso a água seja consumida diretamente do dispositivo.
Achou útil essa informação? Compartilhe com seus amigos!
Deixe-nos a sua opinião aqui nos comentários.