A Microsoft está incentivando alguns de seus funcionários com base na China a avaliarem a possibilidade de se transferirem para fora do país, afirmou a empresa nesta quinta-feira (16), em meio ao aumento das tensões entre os Estados Unidos e a nação asiática.
Washington tem buscado restringir o acesso de Pequim a chips avançados utilizados em aplicações de inteligência artificial, alegando que eles poderiam fortalecer a posição da China.
Segundo informações divulgadas pelo Wall Street Journal, a Microsoft está encorajando aproximadamente de 700 a 800 profissionais envolvidos em aprendizado de máquina e outras áreas relacionadas à computação em nuvem a considerarem a possibilidade de realocação.
“Oferecer oportunidades internas é uma prática rotineira na gestão dos nossos negócios globais. Como parte desse procedimento, compartilhamos uma oportunidade de transferência interna com alguns dos nossos funcionários”, declarou um representante da Microsoft, sem fornecer detalhes sobre a quantidade de colaboradores que receberam a proposta.
A Microsoft reiterou seu compromisso com a China e reafirmou sua intenção de manter operações não apenas nesse mercado, mas também em outros, de acordo com o porta-voz.
Segundo fontes familiarizadas com o assunto, engenheiros, predominantemente de nacionalidade chinesa, foram apresentados, no início desta semana, com a possibilidade de transferência para os Estados Unidos, Irlanda, Austrália e Nova Zelândia, conforme relatado pelo jornal.
Há alguns dias, o governo dos EUA implementou aumentos tarifários sobre diversas importações chinesas, abrangendo desde baterias de veículos elétricos até chips de computador e produtos médicos.
De acordo com informações divulgadas pela Reuters no início deste mês, o Departamento de Comércio dos EUA está analisando a possibilidade de adotar novas regulamentações para restringir a exportação de modelos de inteligência artificial proprietários ou de código fechado.
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