De acordo com o departamento de combate a fraudes do Nubank, os criminosos conseguem transferir, em média, em sete minutos, o dinheiro obtido com golpes para contas de laranjas e realizar os saques. Mesmo com alertas, 70% dos clientes do banco acabam caindo nesses tipos de fraudes.
As informações foram compartilhadas por Fabiola Marchiori, vice-presidente de engenharia e gerente geral de combate a fraudes do Nubank, durante um evento do Mobile Time sobre finanças. Marchiori também explicou que a instituição possui mecanismos para atrasar transferências suspeitas, com suspensões que podem durar de três horas até o dia seguinte.
A executiva destacou a engenharia social como um fator crucial nos golpes. Essa técnica de manipulação tem como objetivo convencer as vítimas a colaborar com os criminosos. Para a vice-presidente, os golpes se tornaram um problema de segurança pública geral, afetando pessoas de todas as idades e classes sociais.
Febraban aponta que golpistas “espalham” dinheiro rapidamente
Os dados coletados pelo Nubank confirmam o que outras instituições têm observado. Segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), os criminosos “distribuem” o dinheiro das vítimas em diversas contas, de forma muito rápida.
Por isso, a Febraban defende que o Mecanismo Especial de Devolução (MED) do Pix seja ampliado, permitindo o bloqueio dos recursos em camadas adicionais. Com isso, mesmo que o criminoso transfira o valor para outra conta, ele ainda poderia ser bloqueado.
No entanto, essas mudanças não resolveriam o problema dos saques, pois uma vez que o dinheiro é retirado em espécie, não há como reverter a transferência.
Além disso, os criminosos têm se mostrado criativos ao utilizar os próprios mecanismos de proteção para aplicar golpes. Um exemplo recente é o golpe do “Pix errado”. Nesse esquema, o golpista faz um Pix para a vítima, entra em contato alegando engano e pede a devolução do valor. Após a vítima transferir o dinheiro de volta, o criminoso faz uma reclamação formal ao banco, que utiliza o MED para retirar o valor novamente da vítima e repassá-lo ao golpista.
Fonte: Mobile Time
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