Uma das obras mais aguardadas do Litoral de São Paulo está prestes a se tornar realidade. O leilão para a construção do Túnel Santos-Guarujá, o primeiro túnel submerso da América Latina, está programado para o segundo semestre de 2025.
Os processos burocráticos para o início das obras estão em andamento. Nesta semana, o Governo do Estado avançou com os trâmites da parceria público-privada (PPP) que será responsável pelo projeto, que irá conectar rapidamente as margens do Porto de Santos.
Após anos de discussões sobre a construção de um novo modal no Litoral de São Paulo, o projeto do túnel foi finalmente consolidado por meio de um acordo entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Com um custo estimado em R$ 6 bilhões, 86% do valor da obra será financiado pelo Ministério de Portos e Aeroportos e pelo governo paulista, enquanto o restante será assumido pela iniciativa privada.
Como será o Túnel Santos-Guarujá
O Túnel Santos-Guarujá será uma obra de 860 metros de extensão, com uma profundidade de 21 metros. O túnel terá 6 pistas, sendo 3 em cada direção, e uma delas será dedicada ao Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). A conexão entre as duas cidades será feita pelo cais de Outeirinhos, em Santos, e o Linhão da Codesp, em Vicente de Carvalho, no Guarujá. Com os acessos incluídos, o túnel terá um total de 3 quilômetros de extensão.
Segundo projeções da Autoridade Portuária de Santos (APS), o tempo de travessia será reduzido para apenas dois minutos, uma grande melhoria em relação ao tempo atual de 18 minutos pelas balsas, além do tempo de espera de cerca de 15 minutos para embarque (em dias mais tranquilos). No trajeto rodoviário, que tem 43 km pela rodovia Cônego Domenico Rangoni (SP-055), a viagem leva cerca de 60 minutos.
Diariamente, mais de 21 mil veículos, 7.700 ciclistas e 7.600 pedestres atravessam o canal entre as duas cidades utilizando barcos e balsas, segundo o governo estadual. A principal intenção da obra é melhorar o fluxo de veículos, pedestres e cargas entre Santos e Guarujá.
Novidades sobre o Projeto
O projeto de lei que autoriza a construção e a operação do túnel foi aprovado pela Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) em 9 de outubro e sancionado pelo Governo de São Paulo na semana seguinte. A lei trata da execução da obra, sua operação e manutenção através de uma parceria público-privada (PPP).
Um dos maiores desafios para a construção do túnel é o impacto ambiental e social nas áreas ao redor. Para mitigar esses efeitos, foi proposta a criação de uma “superquadra” na região do Macuco, em Santos, o que corresponde a um espaço de aproximadamente quatro campos de futebol. A Autoridade Portuária de Santos estima que 700 famílias precisem ser realocadas devido a essa modificação.
No Guarujá, a saída do túnel será desviada de uma área em reurbanização, resultando em uma extensão adicional de 1,5 km até a rodovia Cônego Domenico Rangoni. A nova estrutura também incluirá uma ciclofaixa e espaços para pedestres.
Benefícios do Túnel Submerso para o Litoral de SP
A construção do túnel gerará cerca de 9 mil empregos diretos e indiretos. Além disso, o novo modal facilitará a integração com o futuro Aeroporto Regional do Guarujá e não interferirá no projeto de aprofundamento do Canal do Porto de Santos, conforme informou a Autoridade Portuária de Santos.
A inauguração do túnel está prevista para 2028, com a licitação e o início das obras planejados para 2025.
De acordo com Diário do Litoral.
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