Vestindo uma blusa branca e de cabelos escuros soltos, a robô parece realmente uma artista enquanto desenha. Mas o bipe de seu braço biônico a entrega – Ai-Da é uma robô.
Descrita como “a primeira artista robô humanoide ultra-realista do mundo”, Ai-Da abre sua primeira exposição individual de oito desenhos, 20 pinturas, quatro esculturas e duas obras de vídeo na próxima semana, trazendo “uma nova cara” ao mundo da arte, disse seu inventor, britânico e proprietário da galeria, Aidan Meller.
“Temos uma mensagem muito clara que queremos explorar: os usos e abusos da IA hoje, porque a próxima década está chegando dramaticamente, estamos preocupados com isso e queremos ter considerações éticas em tudo isso.”
Nomeada em homenagem à matemática britânica e pioneira da computação Ada Lovelace, a Ai-Da pode desenhar de vista graças a câmeras em seus globos oculares e algoritmos de IA criados por cientistas da Universidade de Oxford que ajudam a produzir coordenadas para o seu braço para criar a arte.
Ela usa um lápis ou caneta para esboços, mas o plano é que Ai-Da um dia consiga pintar cerâmica. Suas obras de pintura agora são impressas em tela.
“A partir dessas coordenadas do desenho, conseguimos transformá-lo em um algoritmo que é capaz de gerar um gráfico cartesiano que produz uma imagem final”, disse Meller.
“É um processo realmente empolgante que nunca foi feito antes, da maneira que fizemos… Não sabemos exatamente como os desenhos vão acabar e isso é realmente importante”.
Questionada por Meller sobre “toda a inteligência artificial acontecendo no momento”, Ai-Da, que possui um discurso pré-programado, respondeu: “Novas tecnologias trazem o potencial para o bem e o mal. É uma grande responsabilidade tentar refrear os excessos do uso negativo, algo que todos nós devemos considerar.”
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