A estudante Myllena Cristyna da Silva, de 19 anos, criou um material poroso que pode ser usado para conter vazamentos de petróleo no mar.
Mas como ela conseguiu isso? Acidentalmente! Depois de quase começar um incêndio em um dos laboratórios de química do Instituto Federal do Ceará, ela criou o material.
Agora sua descoberta pode contribuir para amenizar um dos maiores problemas de poluição ambiental em todo o mundo.
Isso aconteceu em 2018, quando ela ainda era estudante do curso técnico em Meio Ambiente. Myllena estava estudando os polímeros que compõem o isopor e acabou esquecendo uma parte do material na estufa do laboratório. O estudo pegou fogo e Myllena levou o material em chamas para a pia. Ao jogar água, o choque térmico acabou criando “cristais de isopor”, que ela chamou de cristal liso.
A jovem foi suspensa por 30 dias do laboratório da escola, e ela aproveitou esse tempo para estudar questões teóricas relacionadas aos polímeros. Na volta, ela percebeu que os cristais lisos repeliam líquidos e imaginou que poderiam ser usados para evitar vazamentos de óleo em navios petroleiros. Seus testes revelaram que o material realmente funciona para esse fim.
O material pode ser usado para blindar o vazamento de petróleo no mar, contribuindo para a redução de um dos maiores problemas de poluição ambiental em todo o mundo.
Como está a vida da jovem cientista hoje?
Myllena foi destaque nessa descoberta de blindar o vazamento de petróleo e também em um estudo sobre o zika vírus, a jovem cearense viu o seu desempenho nas salas de aula e laboratórios da escola reconhecidos em documentário exibido em Hollywood, no Estados Unidos, e garantiu três bolsas de estudo nos EUA.
Filha de agricultores, natural do distrito de Ema (aproximadamente 300 habitantes), no município de Iracema, no Ceará, Myllena foi destaque na maior feira de ciências do mundo, a Feira Internacional de Ciências e Engenharia da Intel (Intel Isef), com dois projetos. Com isso, a jovem já havia ganhado duas bolsas de estudo para universidades do Arizona.
Com a bolsa de estudos oferecida em Los Angeles para o colégio Hancock, a estudante poderá escolher o curso universitário que quiser, com as despesas da faculdade todas pagas.
Mesmo com a contribuição feita para as ciências, Myllena revela que ainda está em dúvida sobre a carreira que vai seguir. “Eu amo as minhas pesquisas, tanto a do zika vírus, quanto a do petróleo, porque eu amo engenharia ambiental. Mas eu também tenho uma paixão maior pela comunicação. Eu sou apaixonada por comunicação, por filmagens, microfones, apresentação, e lá em Los Angeles eu fiz amizades com pessoas dessa área da Discovery, da National Geographic, que me falaram de muitas oportunidades existentes nessa área se eu quisesse seguir. E eu fico com aquela vontade: vou para a pesquisa ou para a comunicação? Ainda estou em dúvida, mas vou para uma dessas áreas”.
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