O cabo submarino de fibra óptica – que publicamos aqui em dezembro – que ligará as cidades de Fortaleza, no Ceará, a Sines, em Portugal, e permitirá o tráfego de dados de 72 terabits por segundo e latência de 60 milissegundos, já chegou em Cabo Verde, na África.
Segundo um comunicado da Cabo Verde Telecom – CVT, a amarração do cabo vai ser realizada na quinta-feira, dia 18 de fevereiro, na praia do Portinho, em Achada Grande Trás.
A empresa destaca ainda que o projeto é considerado de “grande importância para o desenvolvimento das comunicações em Cabo Verde” porque representa um “leque muito valioso de oportunidades em matéria de conectividade, mobilidade e também de integração”.
A ancoragem do cabo aconteceu no dia 14 de dezembro, na Praia do Futuro, em Fortaleza, no Ceará, e o projeto tem expectativa de conclusão para junho de 2021. De acordo com o Ministério das Comunicações, o cabo se estendeu para pontos no Rio de Janeiro e em São Paulo, e, além de conexões na África, passará por outros países europeus, ilhas do Atlântico e também pela Guiana Francesa.
A instalação do cabo submarino é feita por uma empresa privada, a Ellalink, e custará R$ 1 bilhão. O cabo com 6 mil quilômetros de extensão, pode chegar a 5 quilômetros de profundidade em alguns locais. Atualmente, a comunicação entre Brasil e Europa passa antes pelos Estados Unidos, o que dobra o caminho percorrido: 12 mil quilômetros.
Os cabos submarinos são usados em trechos de mar para ligar estações terrestres e transmitir sinais de telecomunicações de longas distâncias. Tais cabos recebem proteção mecânica adicional para que sejam instalados sob a água: geralmente, têm interior de aço e isolamento especial. Eles podem ser metálicos, coaxiais ou ópticos — que são os mais utilizados atualmente.

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