Depois de 100 anos da previsão de Albert Einstein sobre a existência de ondas gravitacionais como parte de sua Teoria Geral da Relatividade foi confirmada por cientistas. Um grupo de cientistas de vários países anunciou ter conseguido detectar pela primeira vez as chamadas ondas gravitacionais.
Esta é uma da maiores descobertas da ciência moderna e abre as portas para maneiras totalmente novas de como investigar o Universo. A partir de hoje, a astronomia e outras áreas da ciência entram em uma nova era.
Os pesquisadores do projeto LIGO – Laser Interferometer Gravitational-Wave, em Washington e na Lousiana, observaram o fenômeno e acompanharam distorções no espaço com a interação de dois buracos negros a 1,3 bilhão de anos-luz da Terra.
De acordo com a teoria de Einstein, todos os corpos em movimento emitem essas ondas que, como uma pedrinha que afeta a água quando toca nela, produz perturbações no espaço. Vamos ilustrar assim.
Essas ondas gravitacionais são feixes de energia que distorcem o tecido do espaço-tempo, o conjunto de quatro dimensões formado por tempo e espaço tridimensional. Assim, qualquer massa em movimento produz ondulações nesse tecido tempo-espaço. Até em nós, meros mortais!
Einstein previu que o Universo estava inundado por essas ondas. No entanto, caro leitor do Engenharia é:, esse efeito é fraco, muito fraco, e apenas grandes massas, movendo-se sob fortes acelerações, podem produzir essas ondulações em um grau, digamos que razoável. Desse modo, quanto maior a massa, maior é o movimento e maior é a onda, ou maiores são as ondas.
Como os cientistas conseguiram essa façanha?
Os equipamentos nos Estados Unidos – localizados no LIGO – e na Itália (conhecido como VIRGO) são ambos formados por dois túneis idênticos em forma de L, de 3 km de largura. Nele, um feixe de laser é gerado e dividido em dois – uma metade é disparada em um túnel, e a outra entra pela segunda passagem. Espelhos ao final dos dois túneis rebatem os feixes para lá e para cá muitas vezes, antes da recombinação.
Os raios divididos que foram recombinados de uma maneira diferente dão resultado as ondas de luz interferindo entre si, em vez de se cancelarem. Essa observação direta abre uma nova janela para o cosmos, uma janela que não seria possível sem ele, Einstein.
Onde isso se aplica?
A partir de agora os físicos poderão olhar os objetos com as ondas eletromagnéticas e escutá-los com as gravitacionais. São sentidos diferentes mas que se complementam, agora será possível expandir o espectro magnético, porem de um jeito novo. Agora com as ondas gravitacionais, pode-se ver as (ondas) que foram emitidas quando o Universo tinha apenas um segundo de idade. Não é fantástico?
Quais são os efeitos das ondas gravitacionais sobre a Terra?
Vamos tomar como exemplo as meias: quando você as puxa repetidas vezes, elas se alongam e ficam mais estreitas. O tempo-espaço que nosso planeta ocupa deve se alternar entre se esticar e se comprimir.
É inspirador pensar sobre todas as vidas e esforços, geração após geração foram tentando desvendar esse insight sobre o nosso Universo. O avanço de hoje depende do talento de cientistas e de engenheiros brilhantes de muitas nações. Parabéns a todos que ajudaram a fazer isso acontecer. Vocês fizeram Einstein ficar orgulhoso. 🙂
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