Pesquisadores da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP projetaram um dispositivo que utiliza papel descartado como matéria prima para impressões 3D.
O desenho do equipamento, que já possui patente, é uma iniciativa da professora Zilda de Castro Silveira e de seus orientandos nos cursos de Engenharia Mecânica e Engenharia de Materiais e Manufatura. Para ser fabricado, porém, necessita de mais alunos engajados na continuação do trabalho.
As impressoras 3D são conhecidas por, diferentemente das impressoras comuns, fabricarem um objeto físico tridimensional.
Geralmente, o material que será impresso é feito a partir de um modelo digital informado em algum software acoplado. A partir daí, o objeto será produzido em camadas, feitas uma a uma, até que se forme por completo.
As impressoras 3D produzidas no mercado e de custo mais elevado comumente utilizam um injetor de matéria quente, como um filamento plástico ou emitem luz sobre um material moldável. As aplicações mais comuns são fusão a laser, fundição a vácuo e moldagem por injeção.
O dispositivo criado pelos pesquisadores da USP é baseado na tecnologia LOM, Laminated Object Manufacturing (Manufatura de Objetos Laminados, em português), e tem como principal diferencial a matéria-prima para produzir as impressões: papel sulfite que não pôde ser utilizado e uma mistura de poliálcool vinílico, totalmente atóxico, como adesivo entre as camadas.
O objetivo do orojeto é imprimir peças que possam ser utilizadas como material didático em salas de aula de ensino fundamental e médio, como explica Joaquim Manoel Justino Netto, orientando de TCC da professora Zilda e mestre em Engenharia Mecânica:
“Sendo de baixo custo, a impressora poderia ser comprada em escolas públicas de ensino fundamental e médio e ser usada para imprimir modelos arquitetônicos, modelos de terrenos, curva de nível. Pensamos nesse segmento porque há o próprio material gerado como resíduo de escritório e da escola (folhas sulfites) e ele seria reaproveitado para gerar esse tipo de modelo, sendo utilizado nas aulas de ciências, geografia, história.”
Saiba mais em: jornal da USP
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