Ocarro voador desenvolvido pela EmbraerX, subsidiária da Embraer para desenvolvimentos de negócios disruptivos, será uma aeronave para “as massas”, conforme definiu Antonio Campello, presidente da tal unidade. Por dentro, o veículo planeja lembrar um utilitário esportivo. O modelo foi divulgado pela companhia em Washington, nos Estados Unidos, durante evento do Uber sobre transporte aéreo.
As duas empresas trabalham em parceria para desenvolver projetos na área. Ainda não há cronograma público para a apresentação da aeronave da Embraer e, entretanto, não se sabe se a empresa brasileira participará dos primeiros testes planejados pelo Uber já em 2020.
Uber revelou que fará testes com os veículos em 2020 nas cidades de Melbourne, na Austrália, e Dallas e Los Angeles, nos Estados Unidos. São Paulo, que tem o maior número de viagens do aplicativo de transportes no mundo, estava cotada para receber o piloto, mas foi preterida pela australiana. Em janeiro, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB) chegou a receber uma equipe do Uber para falar sobre o projeto.
Além da Embraer, o Uber trabalha com outras companhias, como por exemplos Boeing e Bell para criar a nova forma de transporte, chamada tecnicamente de Evtol (veículo elétrico para pouso e decolagem verticais). A previsão é de uso comercial a partir de 2023.
Utilitário Esportivo – SUV
De acordo com Campello, o projeto está em fase “preliminar”. A ideia de criar o veículo semelhante a um SUV teve a intenção de transmitir familiaridade e segurança. “A gente precisa ser seguro e fazer com que o passageiro se sinta seguro. O SUV é um símbolo de segurança”, disse.
Como o veículo será elétrico e usará bateria recarregável, o custo de decolagem e aterrissagem deverá ser inferior ao de um helicóptero comum – a empresa, por entanto, não divulga valores. O design simples da aeronave, com peças fixas, também deverá tornar sua manutenção mais barata. “Estamos fazendo essa aeronave para muitas pessoas. Não é uma aeronave VIP, é para as massas. Vamos transportar milhares de pessoas”, disse Campello.
O carro voador da Embraer deverá ser de fácil acesso e fazer o menor ruído possível, já que a ideia é que ele voe mais baixo que os helicópteros. “Não adianta voar sobre o trânsito, mas demorar 15 minutos para entrar a bordo”, disse André Stein, diretor de estratégia da Embraer X.
Ainda de acordo com Campello, grande parte do projeto está sendo feita no Brasil. A EmbraerX não foi incluída na venda de 80% da área comercial da empresa para a Boeing e as criações da companhia seguem independentes.
Com informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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