A evolução da robótica foi a um ritmo incrível nos últimos anos. Uma das habilidades mais procuradas na robótica, no entanto, ainda é a capacidade de os robôs aprenderem a se adaptarem melhor às suas tarefas e ambientes.
Jogando jenga
Agora o MIT anunciou um robô que faz isso com o famoso jogo Jenga. Antes de pensar que isso pode ser um exagero, você vai ler abaixo a descrição das peripécias que o robô no anúncio do MIT faz.
“No porão do Edifício 3 do MIT, um robô está cuidadosamente contemplando seu próximo movimento. Ele gentilmente cutuca uma torre de blocos, procurando o melhor bloco para extrair sem derrubar a torre, em um solitário, lento, mas surpreendentemente ágil jogo de Jenga”, diz o comunicado de imprensa do MIT.
Para quem não sabe, Jenga é um jogo de habilidade física que permite aos jogadores remover blocos de uma torre de 54 peças e colocá-las em cima. O jogo continua até a torre ficar muito instável e cair.
O robô parece bastante simples para poder jogar um jogo tão complexo. Ele possui apenas uma pinça de ponta macia, um punho com sensor de força e uma câmera. E, no entanto, o que consegue é nada menos que impressionante.
Toda vez que o robô empurra um bloco Jenga, um computador é alimentado com informações visuais da câmera e informações táticas do manguito. O computador analisa esses dados combinados com os movimentos feitos anteriormente pelo robô e deduz os possíveis resultados, encontrando um local seguro para colocar o próximo bloco sem perturbar a estrutura.
“Ao contrário de tarefas mais puramente cognitivas ou jogos como xadrez, jogar o jogo de Jenga também requer o domínio de habilidades físicas, como sondar, empurrar, puxar, posicionar e alinhar peças. Requer percepção e manipulação interativas, onde você precisa ir e tocar na torre para aprender como e quando mover blocos”, diz Alberto Rodriguez, professor assistente do Walter Henry Gale Career do departamento de Engenharia Mecânica do MIT.
Comparado com jogadores humanos
Mas quão bem o robô joga o jogo? Para nossa sorte, os pesquisadores ficaram curiosos sobre isso e compararam com os jogadores humanos reais.
“Vimos quantos blocos um humano conseguiu extrair antes da queda da torre, e a diferença não foi tanto”, diz o co-autor do estudo, Miquel Oller.
Antes que você pense que essa é uma habilidade divertida, mas inútil, os pesquisadores fazem questão de destacar que ela realmente tem outras potenciais aplicações, como separar objetos recicláveis do lixo de aterros e muito mais.
“Em uma linha de montagem de celular, em quase todos os passos, a sensação de encaixe, ou de um parafuso rosqueado, vem da força e do toque, e não da visão”, diz Rodriguez. “Aprender modelos para essas ações é o principal ativo para esse tipo de tecnologia.” Completa Rodriguez.
O estudo foi publicado na revista Science Robotics. Veja o vídeo abaixo:
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