Um programa de computador que estima o volume de poluentes emitidos por veículos, testado na região metropolitana de São Paulo, é o resultado de pesquisa do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da USP.
A partir de dados sobre o fluxo de tráfego, velocidade e fatores de emissão dos modelos em circulação, o software calcula os níveis de emissões por trecho de via, horário e ano de produção dos veículos. Por meio do programa, descobriram-se as regiões que concentram mais poluentes e que os veículos que entraram em circulação entre 1992 e 1996 emitem mais monóxido de carbono (CO). Também comprovou-se que os automóveis contribuem com mais de 70% do material que forma na atmosfera o ozônio, um gás nocivo à saúde humana e ao meio ambiente.
“Muitos países em desenvolvimento não têm ferramentas para fazer uma boa gestão ambiental da poluição do ar”, destaca o engenheiro ambiental Sérgio Ibarra Espinosa, que realizou o estudo. De acordo com o pesquisador, para diminuir as concentrações de poluentes e a exposição às pessoas, uma ferramenta importante são os inventários de emissões, que são a quantificação das massas de poluentes emitidas pelas diferentes fontes de poluição do ar numa cidade.
O programa, denominado Vehicle Emissions Inventory (VEIN), permite calcular as emissões dos veículos em cada rua e cada horário, dependendo do tráfego existente.
“A primeira informação necessária para fazer as estimativas são os dados de tráfego e fluxo veicular em cada hora e, se estiverem disponíveis, informações sobre velocidade”, explica Espinosa.
“Quando se sabe quais ruas têm mais tráfego, já se nota que há mais emissões. Se há um fluxo que vai mais rápido ou mais depressa, isso também tem influência.” O segundo grupo de informações utilizadas pelo software são os fatores de emissões, que são a quantidade de poluentes emitida por cada veículo.
“Em média, as emissões aumentam em velocidades abaixo de 20 quilômetros por hora. Isso é muito comum em congestionamentos, onde o movimento de acelerar e frear o veículo se repete com muita frequência, levando a um maior consumo de combustível e, em consequência, a mais emissões.”
“Por meio do programa é possível mapear a concentração do poluente, comprovando que os veículos contribuem com mais 70% do material que forma o ozônio.” De acordo com pesquisador, é muito importante que os veículos tenham uma boa manutenção, não apenas para reduzir a poluição do ar e melhorar o meio ambiente.
Veja o vídeo abaixo sobre a ferramenta:
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