Físicos da Universidade do Arkansas, nos Estados Unidos, desenvolveu um circuito capaz de capturar o movimento térmico do grafeno para convertê-lo em eletricidade. “Um circuito de coleta de energia baseado em grafeno poderá ser incorporado em um chip e assim fornecer energia limpa, ilimitada e de baixa voltagem para pequenos dispositivos ou sensores”, explicou Paul Thibado, professor de Física da Universidade.
O estudo publicado na revista científica Physical Review E, chegou para comprovar a teoria que o mesmo grupo de físicos desenvolveu há três anos de que o grafeno independente ondula e se deforma a fim de possibilitar a captação de energia.
O grafeno, que ganhou relevância no Brasil após comentários do presidente da república Jair Bolsonaro, é um material cristalino extremamente fino formado por átomos de carbono e com alto poder de condução. Por suas propriedades físicas revolucionários, é reconhecido como o futuro da tecnologia.
O estudo descobriu que, se em temperatura ambiente, o movimento térmico do grafeno induz uma corrente alternada (CA) em um circuito, algo considerado impossível até então.
“Nós também descobrimos que o comportamento tipo interruptor dos diodos na verdade amplifica a potência fornecida, ao invés de reduzi-la, como se pensava anteriormente”, disse Thibado.
A taxa de variação da resistência fornecida pelos diodos adiciona um fator extra à potência. Além do mais, os físicos utilizam um campo relativamente novo da física para entender uma teoria antiga, os quais, juntos, puderam provar que os diodos aumentam a potência do circuito. Para então provar este aumento de poder, são baseados no campo emergente da termodinâmica estocástica e estendemos a famosa teoria de Nyquist, quase centenária.
Os físicos ainda descobriram que o movimento relativamente lento do grafeno induz corrente no circuito em baixas frequências, o que é importante do ponto de vista tecnológico porque a eletrônica funciona com mais eficiência em frequências mais baixas.
Entretanto, o próximo objetivo da equipe de físicos é determinar se a CC pode ser armazenada em um capacitor para uso posterior. Se milhões desses minúsculos circuitos pudessem ser construídos em um chip de milímetro por milímetro, então poderiam funcionar como substitutos a baterias de potência baixa.
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