O Brasil lançou ao mar nesta sexta-feira, 11 de dezembro, o Humaitá, seu segundo submarino da nova classe Riachuelo, derivada da Classe Scorpène, que deve aumentar o controle do país sobre a faixa litorânea conhecida como Amazônia Azul.
O Humaitá (S-41) é um submarino convencional, foi construído no Complexo Naval e Industrial de Itaguaí, CNI, no Rio de Janeiro, em cooperação com tecnologia francesa.
Características do submarino
O projeto dos submarinos convencionais brasileiros é baseado no modelo francês Scorpène, entretanto a versão nacional é maior.
Enquanto o Scorpène mede 66,4 metros, com 1.717 toneladas, os submarinos brasileiros têm 71,6 metros, com 1.870 toneladas, acomodando uma tripulação de 35 militares e com um raio de alcance maior, dadas as dimensões continentais do nosso país.
Esses cinco metros a mais do Humaitá trazem maior capacidade de combustível e mantimentos, dando assim maior autonomia de navegação.
Os submarinos da Classe Riachuelo podem chegar a 300 m de profundidade e tem capacidade de operação de até 70 dias no mar, podendo ficar submersos por até 5 dias sem necessidade de vir à tona para influxo de ar aos motores, que por sua vez são a diesel. Podendo ir do Rio de Janeiro ao Rio Grande do Sul sem paradas.
De acordo com o contra-almirante André Martins, gerente de Infraestrutura Industrial do Prosub – Prosub foi lançado em 2008 e contempla, além dos submarinos, a construção de um complexo de infraestrutura industrial e de apoio à operação, o Complexo Naval e Industrial de Itaguaí (CNI) – somente 10 países em todo o mundo, incluindo o Brasil, fabricam submarinos convencionais. E apenas 5 países, atualmente, produzem submarinos nucleares, time ao qual o país irá se juntar dentro de alguns anos.
Submarino convencional vs. Submarino nuclear
Os submarinos convencionais, com propulsão diesel-elétrica, tem a capacidade de ocultação periodicamente quebrada, uma vez que necessitam se posicionar próximo à superfície do mar para aspirar ar atmosférico em determinados períodos de tempo.
Esse procedimento é necessário para permitir o funcionamento dos motores diesel e renovação do ar ambiente. Nessas horas, em função das partes expostas acima da água, tornam-se assim vulneráveis, podendo ser detectados por radares de aeronaves ou até mesmo navios inimigos.
Já o submarino nuclear pode ficar submerso por um tempo muito maior, pois não precisa vir à tona para alimentar seu sistema de propulsão, dependendo assim apenas da capacidade de seus suprimentos e de sua tripulação.
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