Guilherme Lichand é um jovem de 30 anos, Doutor de Economia Política e Governo que trabalhou com redução da pobreza e gestão econômica no Banco Mundial em Brasília. E no Banco Mundial, ele conheceu ferramentas inovadoras, que monitoram efeitos de políticas sociais em lugares isolados na África. Então, veio a ideia de desenvolver uma empresa que usa soluções mobile para aprimorar políticas públicas, criou-se então a MGov.
Para muitos a solução que Guilherme criou pode ser considerada “velha”, por utilizar tecnologia analógica na coleta de informações. Mas, é fácil entender porque a ideia deu certo, 80% das linhas são pré-pagas ou seja, não dá para confiar em planos de dados para manter contato com beneficiários. O tradicional SMS cumpre bem o serviço. “Em um país como o Brasil ainda é preciso ser analógico (para fazer políticas públicas). A ideia é que o público possa participar pelos canais mais naturais para ele”, diz Guilherme.
No programa-piloto, a empresa avaliou a eficácia do Leite Potiguar, programa social que distribui leite diariamente a 150 mil famílias no Rio Grande do Norte. O beneficiário respondia, por exemplo, se o leite estava chegando na hora e com qualidade – e também recebia informações, como alerta de atrasos na distribuição. Em apenas três semanas comprovou que a iniciativa precisava ser descentralizada, já que 60% dos beneficiários tinham acesso a leite por meios próprios).
A MGov possui quatro anos e tem um faturamento anual de R$ 1 milhão. Além de avaliar o programa de distribuição de leite no Rio Grande do Norte, ajudou produtores afetados pela seca no Ceará, entrevistou professores baianos sobre material didático, organizou o orçamento participativo de Boston (EUA) entre outros projetos. Guilherme Lichand foi indicado pelo MIT (Instituto de Tecnologia de Massachussets) como um dos jovens de menos de 35 anos mais inovadores do Brasil.
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