Data centers produzem uma quantidade incrível de calor e consomem muitos recursos financeiros com o sistema de ar condicionados. Por isso, enquanto algumas empresas como o Facebook elegem a Suécia para abrigar seus data centers, a Microsoft preferiu manter seu tesouro, vamos assim dizer, pertinho de casa: na costa da Califórnia.
O projeto Natick foi iniciado em 2015 e envolveu a submersão de um data center por cinco meses, para testes. Agora, em junho de 2018, um segundo data center foi colocado embaixo d’água, desta vez na costa da Escócia, nas ilhas Orkney. Ele deve ficar por lá durante cinco anos.
Este data center tem 864 servidores, armazena 27,6 petabytes e já está em funcionamento. Ele tem o tamanho de um container e tem tecnologia para resfriamento, mas é muito mais eficiente do que um data center em terra firme, já que o fundo do mar é naturalmente frio. Outra boa notícia é que a energia necessária para seu funcionamento vem de fontes renováveis.
A equipe vai passar os próximos 12 meses monitorando a performance do data center, analisando o consumo de energia e a umidade interna, os níveis de som e também de temperatura. Tudo isso será feito como precaução e estudo, já que a estrutura foi pensada para passar pelo menos cinco anos sem manutenção.
O projeto surgiu com o aumento da demanda por armazenamento de informações na nuvem e pela necessidade da instalação de data centers perto das grandes cidades. Enquanto colocar este tipo de estrutura elétrica na água salgada pode soar estranho, mais da metade da população do mundo vive a menos de 200km do mar, então posicionar esses centros de dados no oceano faz todo o sentido.
Se tudo der certo, o Projeto Natick pode marcar o início de uma nova forma de administrar a conectividade online.
Veja abaixo a instalação do data center da Microsoft na Escócia:
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