Não há nada mais eficiente para se mover dentro da água do que um peixe. Então, o que melhor do que um ou centenas deles, para garantir a saúde dos rios e lagos? É o que o engenheiro eletrônico Luis Flores, que está construindo um peixe robótico de baixo custo, equipado com biossensores para atuar como sentinela aquática na detecção de contaminantes. Sua missão: diagnosticar a presença de elementos nocivos nos mananciais e alertar a população que os abastece.
Flores nasceu na região de Cajamarca (Peru), “atormentada por problemas associados à atividade de mineração, como poluição e cortes de água”. Seu contato próximo com este setor e os problemas que isso implica, o fazem se concentrar na detecção de arsênico, um elemento invisível, mas muito tóxico, mesmo em pequenas doses. No futuro, ele espera que seu robô também possa identificar mercúrio e outros metais pesados.
O protótipo atual, criado à semelhança de um peixe real, nada impulsionado pelo movimento da cauda por um mecanismo acionado por tensionadores. Seu esqueleto é feito de NinjaFlex, um material flexível e resistente, impresso em 3D, que reduz o custo e simplifica o design.
O primeiro bloco faz com que as bactérias, na presença de arsênico, produzam uma determinada proteína. O segundo é sensível à referida proteína e desencadeia a emissão de uma luz quando detectada.
O plano de Flores é que essa bioluminescência seja capturada por um receptor, convertida em um sinal elétrico e transmitida para a nuvem na forma de dados de presença de arsênico. O jovem diz que, por enquanto, eles detectam concentrações de cerca de 40 microgramas por litro com 70% de eficiência.
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