A GSMA Intelligence projeta um cenário positivo para o setor de telecomunicações móveis, mesmo diante do tom cauteloso adotado por operadoras europeias no MWC 2025, realizado esta semana em Barcelona. O estudo destaca o papel estratégico da conectividade no crescimento econômico global.
Em 2024, as telecomunicações móveis geraram um impacto de US$ 6,5 trilhões, representando 5,8% do PIB mundial. A expectativa é que esse valor alcance US$ 11 trilhões até 2030, correspondendo a 8,4% do PIB global. Esse avanço será impulsionado pela expansão do 5G, pela Internet das Coisas (IoT) e pela Inteligência Artificial (IA), que demandam maior capacidade de rede e baixa latência.
Setores como manufatura, habitação, alimentação e serviços públicos devem ser os principais beneficiados com essa evolução. O 5G já atinge 2 bilhões de usuários, tornando-se a tecnologia de conectividade de adoção mais rápida da história. A projeção é que, até 2028, o número de acessos 5G ultrapasse o do 4G, chegando a 57% do total global até 2030.
Um dos principais desafios das operadoras, especialmente na Europa, é a migração para o 5G Standalone (SA), também conhecido como Release 16. Apenas uma pequena parcela das redes europeias já opera nesse padrão, o que impacta a monetização da tecnologia. Segundo a GSMA, 70% das novas receitas do setor dependem das funcionalidades do 5G SA e suas evoluções. No Brasil, o cenário é diferente, pois a licitação do 5G exigiu que as operadoras implementassem a tecnologia Standalone desde o início, acelerando sua adoção.
Além disso, a GSMA aposta no Open Gateway, um padrão que permite a integração de serviços entre operadoras por meio de APIs de rede. Atualmente, 72 operadoras já aderiram ao modelo, cobrindo 80% da base global de usuários móveis. A iniciativa visa facilitar o desenvolvimento de novos serviços digitais e ampliar a interoperabilidade entre redes, fortalecendo o ecossistema de telecomunicações.
Com informações de Teletime.
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