Daniel Laguna, gerente de parcerias da Telebras, integrou um painel sobre conectividade em áreas remotas, mas a discussão evoluiu para temas como soberania, acesso a mercados internacionais e o impacto das políticas públicas no setor de satélites.
Ele destacou que a Telebras atua como representante do governo nesse mercado, o que pode facilitar a entrada de empresas privadas interessadas no Brasil, ajudando-as a superar desafios relacionados à soberania, dependência tecnológica e acesso a serviços estratégicos. “A Telebras é uma extensão do governo, o que simplifica a atuação de operadoras em parceria conosco. Para aquelas que desejam expandir seus negócios no Brasil, estamos à disposição para colaborar”, afirmou Laguna.
Em entrevista a este noticiário, ele mencionou que a Telebras já firmou mais de 40 parcerias em serviços de valor agregado com diversas empresas para atender demandas do setor público e mantém negociações com as principais operadoras de satélites.
Além das parcerias no âmbito do programa Gesac, o Brasil possui memorandos de entendimento com China e Espanha na área de satélites e negocia acordos com empresas como Telesat/Lightspeed, Amazon/Kuiper e a constelação europeia IRIS2.
Soberania e o futuro dos satélites no Brasil
Durante o painel, Laguna enfatizou a importância da soberania nacional no setor, citando o Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC) como um ativo estratégico. Ele mencionou que o governo discute atualmente a criação do Sistema de Satélite de Defesa e Comunicação, que definirá as diretrizes para a substituição do SGDC, cuja vida útil se estende até o final da década.
“Quando falamos em satélite soberano, a alternativa mais viável hoje é um modelo geoestacionário, já que as constelações de órbita média e baixa operam em escala global. No entanto, há possibilidades de colaboração por meio de parcerias”, explicou.
A Telebras busca atrair empresas interessadas em fornecer serviços ao governo e apoiar políticas públicas no Brasil. Como fornecedora prioritária para o setor público, a estatal pode viabilizar soluções conjuntas para fortalecer a infraestrutura espacial do país.
Com informações de Teletime.
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