O programa Vivo Recicle, da operadora Vivo, teve um ano de fazer bonito: em 2024, foram recolhidas 37 toneladas de resíduos eletrônicos, um crescimento estrondoso de 208% em comparação com as 12,1 toneladas do ano anterior. Celulares velhos, cabos emaranhados, fones esquecidos e baterias gastas ganharam um destino certo graças aos 1,8 mil pontos de coleta espalhados pelas lojas da empresa.
Em nota, a Vivo revelou que esse é só o começo. A meta é ambiciosa: chegar a 375 toneladas coletadas até 2035, dando um gás na economia circular e ajudando a tirar carbono da jogada. “Transformamos esse material em matéria-prima para a indústria. Assim, evitamos que o lixo eletrônico contamine o meio ambiente e ainda reduzimos a exploração de recursos naturais que não duram para sempre”, explica Joanes Ribas, diretora de Sustentabilidade da Vivo.
E não é só na coleta que a empresa está investindo. Em 2024, 1,2 milhão de modems e decodificadores passaram por uma reforma caprichada, ganhando vida nova. Com o Vivo Recicle, a operadora mostra que dá para cuidar do planeta sem deixar de lado a inovação.
Vou te explicar o conceito de economia circular de forma clara e detalhada, com base no meu conhecimento atualizado até março de 2025, sem depender de fontes externas específicas, mas alinhado com o que se sabe sobre o tema. Caso queira algo mais técnico ou relacionado a um contexto específico (como o Vivo Recicle), é só me avisar!
O que é economia circular?
A economia circular é um modelo econômico que busca romper com a lógica tradicional do “extrair, produzir, descartar” – típica da chamada economia linear – e substituí-la por um sistema mais sustentável. A ideia central é manter os recursos em uso pelo maior tempo possível, reduzindo o desperdício e a exploração de matérias-primas naturais. Em vez de jogar algo fora depois de usar, o foco está em reutilizar, reparar, reciclar e, quando possível, reinventar os produtos e materiais.
Pense assim: na natureza, nada se perde – as folhas caem, viram adubo, nutrem o solo e geram novas plantas. A economia circular se inspira nisso, criando ciclos onde os produtos e seus componentes ganham novas funções ou voltam ao processo produtivo, em vez de virarem lixo.
Princípios básicos da economia circular
- Reduzir o desperdício: Projetar produtos para durar mais, ser consertados ou reciclados, evitando que virem entulho.
- Manter materiais em circulação: Reutilizar ou reciclar tudo o que for possível, transformando resíduos em matéria-prima para novas coisas.
- Regenerar sistemas naturais: Usar recursos renováveis e devolver ao meio ambiente o que ele pode absorver, como compostos orgânicos.
Como funciona na prática?
Na economia circular, o ciclo de vida de um produto é pensado desde o início. Vamos a um exemplo simples:
- Produção: Um celular é fabricado com materiais recicláveis e design modular, permitindo trocar peças como bateria ou tela sem descartar o aparelho inteiro.
- Uso: O consumidor usa o celular por anos e, se algo quebra, conserta em vez de jogar fora.
- Reaproveitamento: Quando o aparelho chega ao fim da vida útil, ele é devolvido a um ponto de coleta (como os da Vivo Recicle). Os componentes são separados: metais viram matéria-prima para novos eletrônicos, plásticos são reciclados, e o que não dá para reaproveitar é tratado com cuidado para não poluir.
- Novo ciclo: Esses materiais voltam para a indústria, viram outro celular ou produto, e o processo recomeça.
Esse modelo contrasta com a economia linear, onde o celular seria jogado no lixo, ocupando aterros e exigindo a extração de mais recursos brutos, como minerais raros.
Por que é importante?
- Preservação ambiental: Diminui a poluição, os aterros e a extração desenfreada de recursos finitos, como petróleo (para plásticos) ou metais raros (para eletrônicos).
- Economia de recursos: Reutilizar materiais corta custos de produção e reduz a dependência de matérias-primas escassas.
- Combate às mudanças climáticas: Menos desperdício e menos produção do zero significam menos emissões de carbono.
- Novas oportunidades: Gera empregos em setores como reciclagem, conserto e design sustentável.
Exemplos reais
- Eletrônicos: Programas como o Vivo Recicle coletam celulares e cabos velhos, transformando-os em matéria-prima para a indústria, como mencionado no texto que você trouxe.
- Moda: Marcas que fazem roupas com tecidos reciclados ou aceitam peças usadas para reaproveitar fibras.
- Embalagens: Empresas que substituem plásticos descartáveis por versões biodegradáveis ou reutilizáveis, como copos retornáveis em eventos.
Desafios da economia circular
Nem tudo são flores. Para funcionar, esse modelo exige:
- Mudança cultural: As pessoas precisam abandonar o hábito de descartar e adotar o reuso.
- Investimento: Empresas precisam de tecnologia e infraestrutura para reciclar ou recondicionar produtos em larga escala.
- Regulação: Governos têm papel-chave em criar leis que incentivem a circularidade e punam o desperdício.
Economia circular no Brasil
No Brasil, o conceito vem ganhando força, especialmente em setores como eletrônicos e embalagens. Iniciativas como a do Vivo Recicle, que cresceu 208% em 2024, mostram o potencial. A Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/2010) já dá um empurrão, exigindo que empresas criem sistemas de logística reversa – ou seja, coletem e reciclem o que produzem. Mas ainda há um longo caminho: aterros lotados, baixa adesão à reciclagem e falta de educação ambiental são obstáculos reais.
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