Os pesquisadores usaram um laser de alta intensidade para criar um ambiente de plasma, semelhante ao ambiente solar, no qual foram capazes de reproduzir a reconexão magnética turbulenta, um processo que acontece durante as erupções solares e que é responsável pela liberação de grandes quantidades de energia.
Este experimento é importante porque permite que os cientistas estudem as erupções solares de forma mais precisa, fornecendo-lhes uma melhor compreensão dos processos físicos envolvidos. Isso pode ajudar na previsão e mitigação dos efeitos das erupções solares na Terra, como interrupções de energia elétrica e danos em satélites e equipamentos eletrônicos.
Erupções solares são explosões de energia que acontecem na atmosfera do Sol e podem causar impactos significativos no espaço ao redor do Sol e na Terra. A ciência sugere que a reconexão magnética turbulenta em plasmas astrofísicos é o gatilho dessas erupções.
Os autores do artigo afirmam que, como os experimentos de laboratório podem ser escalados para condições semelhantes às dos plasmas astrofísicos, os resultados obtidos podem ser aplicados no estudo das erupções solares.
De acordo com a Xinhua, a demonstração foi realizada usando a instalação de laser de alta potência Shenguang-II em um laboratório nacional em Xangai.
Segundo Zhong Jiayong, autor correspondente do artigo e professor do departamento de astronomia da Universidade Normal de Pequim, o sistema de laser de alta energia fornecido pelo laboratório nacional permite aos cientistas simular condições físicas extremas no laboratório e reproduzir uma variedade de fenômenos astrofísicos com alta densidade de energia. Ele afirma que este método pode confirmar modelos teóricos de observação astronômica e oferecer soluções para desvendar novos processos físicos.
O Sol tem um ciclo de atividade de 11 anos e está atualmente no Ciclo Solar 25, que é a contagem dos ciclos de atividade solar acompanhados de perto pelos cientistas.
Durante o pico dos ciclos solares, o Sol tem mais manchas em sua superfície, que indicam concentrações de energia. Quando as linhas magnéticas se enredam nas manchas solares, elas podem “estourar” e causar liberações intensas de energia conhecidas como rajadas solares.
A NASA informa que as rajadas solares são explosões massivas que jorram partículas carregadas de radiação para fora do sol. Essas erupções são classificadas pela NOAA em um sistema de letras – A, B, C, M e X – com base na intensidade dos raios-X liberados, com cada nível tendo dez vezes a intensidade do anterior.
As erupções solares enviam partículas carregadas de radiação solar a uma velocidade incrível de 1,6 milhão km/h, podendo chegar ainda mais alto nos casos de erupções mais potentes. Essas erupções às vezes são acompanhadas por ejeções de massa coronal (CMEs), que são nuvens de plasma magnetizado que podem levar até três dias para chegar à Terra. Quando as CMEs atingem a Terra, elas podem desencadear tempestades geomagnéticas, que podem causar belas exibições de auroras, mas também podem causar apagões de energia e derrubar satélites da órbita.
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