No mundo atual, a competitividade das empresas é fator essencial para seu sucesso, e mesmo para sua permanência no mercado. Para tal, ela necessita mais do que funcionários imbuídos da cultura empreendedora: na realidade, ela, em si, tem que ser empreendedora, e a isso se denomina Endo-empreendedorismo.
Na realidade, o endo-empreendedorismo tem sido considerado por modernos autores um significativo diferencial competitivo, no ambiente em que a inovação constante é a mola mestra do sucesso das empresas. De fato, se o empreendedor é o agente principal de inovação, ele precisa ser apoiado por uma equipe com diversos perfis para que se obtenha o desejado desenvolvimento e o crescente sucesso do empreendimento. Ele vai precisar de alguém que se preocupe em “tocar as coisas”, mantendo a produção em ordem e eficaz; precisa também de alguém com tino administrativo, que é aquele que gerencia e controla, e cuida do bom funcionamento da empresa, em todas as suas funções; e também alguém que que atue como uma espécie de ‘integrador”, que, tendo a visão do conjunto, mantenha-o coeso e produtivo. É como uma orquestra, constituída de muitos instrumentos, mas que, afinada e bem conduzida por um bom maestro, nos deleita com fantásticas peças musicais… No entanto, será muito conveniente que todos esses componentes de uma empresa “endo-empreendedora” apresentem características “intraempreendedoras”, ou seja, estejam imbuídos da ideia empreendedora que gerou e desenvolveu a empresa na qual trabalham… São os diversos instrumentos da orquestra, sendo o “maestro” a ideia que gerou, norteia e norteará o empreendimento…
Será difícil conseguir tal situação em uma empresa já constituída? Até pode ser, pelos costumes e paradigmas já nela arraigados… Mas é possível, até sendo necessário “forçar a barra”, o que inclui até dolorosas demissões e realocações de pessoal. Mas as vantagens logo aparecerão, em produtividade e sucesso. Mas o importante é que a estrutura empresarial entenda que o “empregado” não pode ser tratado como “recurso humano’, mas sim como “colaborador”…
Para tal, será necessário trocar a “hierarquia” verticalizada e na qual a meritocracia não é muito cuidada, por um trabalho em “time”, orientado para o sucesso e de acordo com as competências de cada um; o organograma também não deve ser vertical e por camadas, mas sim em rede, descentralizado e utilizando ao máximo as competências existentes em cada um dos cargos, sempre lembrando que as vocações de cada um dos colaboradores, sendo respeitada e utilizada, fará com que eles facilmente apresentem melhor desempenho. Também é importante o treinamento constante e bem dirigido, para que cada colaborador esteja sempre sentindo-se bem preparado, o que lhe dará mais conforto para bem desempenhar suas funções.
Também ter sempre na “mente empresarial” que o mais importante é o cliente, e não a empresa em si. Isso manterá o foco da empresa em bem servi-lo, e facilitará em muito quaisquer mudanças que sejam necessárias para seu crescimento, deixando-a mais flexível e não “engessada” em paradigmas às vezes ultrapassados…
Pode parecer um sonho algo parecido com empresas que operam dessa forma. Tenho certeza de que não é, pois conheço algumas, que apresentam nítido sucesso; basta querer mudar, e teremos empresas bem condizentes com os tempos atuais… Sucesso para elas!
Achou útil essa informação? Compartilhe com seus amigos!
Deixe-nos a sua opinião aqui nos comentários.