Sabemos que o microscópio eletrônico não é nenhuma novidade, sim, ele existe desde 1930. Mas agora ele passou por uma mudança radicalmente. “Foi como se todos estivessem voando em biplanos e de repente tivéssemos um jato”, explica o físico David Muller, da Universidade Cornell (EUA).
Este microscópio é muito mais potente que o ótico, pois não utiliza a luz, e sim feixes de elétrons para atingir uma amostra. Agora, a equipe de pesquisadores de Muller bateu um novo recorde, o que foi registrado em artigo publicado na revista Nature no meio deste ano. As imagens resultantes são as com maior resolução do mundo.
Para isso, foi criado um tipo de lente especial para focar melhor nos elétrons, da mesma forma que as lentes óticas funcionam nos microscópios óticos. Eles também desenvolveram uma câmera super potente e sensível, capaz de registrar rapidamente elétrons individuais.
Eles não apenas conseguiam distinguir átomos individuais, como também conseguiram vê-los até quando eles estavam a apenas 0,4 angstroms de distância, ou seja, metade da distância de uma ligação química. Eles podiam até enxergar o local em que havia um átomo de enxofre faltando em um padrão de átomos repetidos.
O equipamento pode ajudar cientistas como Mary Scott, física da Universidade da Califórnia em Berkeley, a estudar como átomos individuais contribuem para a propriedade de um material, como sua força ou condutividade, por exemplo. Mas o objetivo final desses estudos é conseguir manipular esses átomos para construir materiais novos.
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