Apesar das técnicas existentes para criar nanodiamantes em condições ambientais normais, a grande maioria dos diamantes sintéticos ainda é produzida por métodos de alta pressão e temperatura (APAT). Este paradigma, que associa a produção de diamantes a catalisadores de metal líquido sob gigapascals de pressão e temperaturas elevadas, foi recentemente desafiado por uma equipe do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Ulsan, na Coreia do Sul.
A equipe liderada por Yan Gong desenvolveu um método alternativo para fabricar diamantes em metal líquido, operando em pressões mais baixas e permitindo a produção de diamantes sintéticos em tamanhos maiores. O equipamento foi ajustado para cultivar diamantes sob condições de pressão de 1 atmosfera e temperatura de 1025°C, utilizando uma liga de metal líquido composta por gálio, ferro, níquel e silício.
Este avanço exigiu um trabalho minucioso na composição da liga de metal líquido, resultando em uma proporção específica de elementos. O novo equipamento construído pela equipe permitiu um processo mais eficiente, reduzindo significativamente o tempo necessário para preparar cada experimento.
Uma característica notável deste método é a formação inicial de diamantes sem a necessidade de sementes, como é comum em outras técnicas de síntese. Além disso, o processo é rápido, durando apenas cerca de 15 minutos por rodada.
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Os diamantes produzidos exibem alta pureza e uma peculiaridade interessante: a presença de centros de cor com lacunas de silício na estrutura do diamante. Esses centros de cor têm potencial para serem usados em computação quântica.
Além do mais, o método demonstrou flexibilidade ao permitir o uso de uma variedade de ligas de metal líquido e diferentes precursores de carbono, expandindo assim as possibilidades de produção de diamantes sintéticos.
O professor Rodney Ruoff expressou otimismo em relação ao futuro deste campo, destacando a importância da criatividade e engenhosidade técnica da comunidade de pesquisa para explorar novas abordagens e configurações experimentais.
Fonte: Inovação Tecnológica
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