Segundo o modelo padrão da cosmologia, os cientistas calcularam que o universo tem aproximadamente 13,8 bilhões de anos desde o Big Bang. Contudo, um estudo recente desafia esses resultados, indicando que nosso universo pode ser mais jovem do que se pensava.
Atualmente, os astrônomos estimam a idade do universo através de medições da radiação cósmica de fundo em micro-ondas (CMB), conforme o conceito de energia e matéria escura do modelo padrão da cosmologia.
No entanto, o novo estudo indica que as novas medições de pares de galáxias entram em conflito com os resultados anteriores sobre a idade do universo. Os pesquisadores sugerem que o cosmos possa ser ligeiramente mais jovem.
Assim, com base nos dados do levantamento astronômico Sloan Digital Sky Survey (SDSS), o estudo sugere que o universo pode ser mais jovem do que os 13,8 bilhões de anos estimados. O levantamento observou 813 grupos de galáxias, localizados a cerca de 600 milhões de anos-luz da Terra, focando na galáxia mais massiva de cada grupo.
“Nos dados do SDSS, observamos galáxias satélites se acumulando em grupos massivos, indicando uma montagem mais intensa do que simulações com parâmetros de Planck. Isso sugere um universo mais jovem do que as observações da CMB indicam. Infelizmente, nosso trabalho não pode quantificar a idade do Universo”, explicou Guo Qi, astrônomo do Observatório Astronômico Nacional da Academia Chinesa de Ciências.
Uma revisão na idade do Universo
A análise dos dados revelou que mais galáxias satélites orbitam grandes galáxias em direções opostas, desafiando o modelo padrão. Se confirmado, o estudo sugere que a ciência precisa rever a idade do universo, possivelmente mais jovem.
De acordo com a ciência, a taxa de expansão do universo é avaliada pela constante de Hubble, fixada em 67,8 quilômetros por segundo por megaparsec. Um megaparsec equivale a 3,26 milhões de anos-luz.
Portanto, estima-se que ele tenha cerca de 13,8 bilhões de anos. A tensão de Hubble indica uma constante de 72,2 quilômetros por segundo por megaparsec, o que equivale a 12,6 bilhões de anos. Esse paradoxo é reconhecido há bastante tempo pela comunidade científica.
O estudo descreve que a detecção de correlações de velocidade entre galáxias satélites e a tensão é consistente com previsões teóricas, resistindo a mudanças na seleção de amostras. Com a maior amostra já utilizada, as descobertas desafiam o modelo cosmológico atual.
Fontes: Nature Astronomy LiveScience
Achou útil essa informação? Compartilhe com seus amigos! 😉
Deixe-nos a sua opinião aqui nos comentários.
Sigam o A Ciência do Universo no Instagram! @cienciasdouniverso 🔭