A compreensão das forças que regem o minúsculo mundo quântico tem sido um desafio contínuo para os físicos. Mesmo as mentes mais brilhantes, como Isaac Newton e Einstein, ficaram perplexas com a natureza da gravidade nesse reino. A teoria da relatividade geral de Einstein deixou lacunas quando se tratava da gravidade quântica, afirmando que não havia experimentos realistas para demonstrar sua existência.
No entanto, uma equipe de cientistas britânicos recentemente propôs um experimento inovador para sondar esse mistério. A ideia original envolve diamantes levitando no vácuo para investigar os efeitos e medir a gravidade no mundo quântico. Agora, essa mesma equipe avançou com uma proposta ainda mais acessível: o uso de ímãs levitantes para detectar a gravidade em nível microscópico, abrindo caminho para investigações no reino quântico.
O novo experimento proposto emprega componentes supercondutores, armadilhas magnéticas e detectores sensíveis, tudo em um sistema sofisticado projetado para neutralizar a gravidade terrestre e levitar um minúsculo ímã de neodímio. Pequenas variações no campo magnético do ímã, influenciadas pela gravidade de objetos próximos, serão registradas como uma medida da força gravitacional.
Os cientistas estimam que, com uma massa de teste em movimento próximo ao aparato, será possível medir uma força de 30 attonewtons na partícula magnética levitada – uma façanha extraordinária, dada a escala microscópica envolvida.
Apesar do entusiasmo, os pesquisadores reconhecem que o experimento tem suas limitações. A massa de teste deve estar em movimento com a velocidade adequada para criar ressonância gravitacional com o ímã, caso contrário, a força não será detectável. No entanto, eles acreditam que esse trabalho prepara o terreno para experimentos futuros em escalas ainda menores.
Para obter resultados conclusivos, será necessário reduzir a massa de teste para um tamanho comparável ao da partícula magnética levitada, permitindo que os efeitos quânticos, como o entrelaçamento ou a superposição, sejam observados. Isso exigirá um nível extremo de precisão em todas as etapas do experimento, desafiando os limites da tecnologia atual.
O professor Hendrik Ulbricht, da Universidade de Southampton, expressou otimismo em relação à nova técnica, que emprega temperaturas extremamente baixas e dispositivos de isolamento de vibrações. Ele enfatiza que desvendar esses mistérios não apenas ampliará nossa compreensão da estrutura do Universo, desde as menores partículas até as maiores estruturas cósmicas, mas também pode abrir novos horizontes para a física fundamental, compreendendo ao medir a gravidade.
Fonte: Inovação Tecnológica
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