De acordo com um boletim oficial divulgado pelo Governo Federal, o acelerador de partículas brasileiro Sirius, do tipo síncrotron, recebeu mais de 330 propostas de pesquisa. O Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), convocará as propostas selecionadas para experimentos já em março.
As propostas foram enviadas por cientistas de 15 países e 17 estados brasileiros, sendo 36 delas de instituições estrangeiras e 298 brasileiras. Para a primeira chamada, espera-se que 30% das propostas sejam selecionadas, mas uma nova seleção será realizada em abril.
O diretor do Laboratório Nacional de Luz Síncrotron, Harry Westfahl Júnior, afirmou que o número de propostas demonstra o interesse da comunidade científica pelo Sirius, que é a mais complexa infraestrutura científica brasileira e permite investigar a composição e estrutura da matéria em alta resolução.
O acelerador de partículas gera luz síncrotron, que pode revelar estruturas de materiais orgânicos e inorgânicos, possibilitando pesquisas acadêmicas e industriais em diversas áreas, como tratamento para doenças e novas tecnologias de agricultura.
Sobre o Sirius
O Sirius é um acelerador de partículas brasileiro do tipo síncrotron, considerado a mais complexa infraestrutura científica do país. Ele utiliza aceleradores de partículas para produzir um tipo especial de luz (síncrotron) que pode ser usada para investigar a composição e a estrutura da matéria em alta resolução. Com sua fonte de radiação eletromagnética de brilho intenso, o Sirius pode revelar estruturas de materiais orgânicos e inorgânicos, como proteínas, vírus, rochas, plantas e ligas metálicas. Desenvolvido no Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), ele está disponível para cientistas brasileiros e estrangeiros realizarem pesquisas acadêmicas e industriais em diversas áreas.
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