O Canadá deu um importante passo em direção à sustentabilidade e inovação nesta semana com a chegada do trem movido a hidrogênio da Alstom. Esse avançado veículo marca a estreia do primeiro trem desse tipo na América do Norte, trazendo consigo promessas de um futuro mais limpo e eficiente para o transporte ferroviário na região.
A Alstom, renomada empresa francesa do setor, emprestou o comboio de passageiros ao Canadá até setembro deste ano, com o objetivo de estimular a adoção permanente dessa tecnologia tanto no próprio país quanto nos Estados Unidos. Essa parceria estratégica permitirá explorar os benefícios e as possibilidades oferecidas pelo trem movido a hidrogênio, abrindo caminho para um transporte mais sustentável no continente.
O trem movido a hidrogênio da Alstom apresenta características impressionantes. Com uma velocidade máxima de 140 km/h (87 mph), pode transportar até 120 pessoas em seus dois vagões de passageiros. Essas características tornam o trem adequado para regiões com baixa densidade populacional, como o interior do Canadá, onde longas distâncias e menos passageiros são uma realidade comum. Além disso, essa tecnologia também pode beneficiar grande parte dos Estados Unidos, que enfrenta desafios semelhantes em termos de infraestrutura e demanda de transporte.
É importante mencionar que a Alstom não está sozinha nessa empreitada. Na China, a estatal CRRC e a Chengdu Rail Transit anunciaram uma parceria para desenvolver um comboio com tecnologia similar, inspirado no renomado trem-bala. Isso mostra que a busca por soluções de transporte sustentáveis e eficientes está se expandindo globalmente, impulsionando avanços tecnológicos em diferentes partes do mundo.
Com o empréstimo do trem movido a hidrogênio da Alstom, o Canadá está abrindo as portas para um futuro mais verde e inteligente no transporte ferroviário. Essa iniciativa não apenas impulsionará a inovação no país, mas também servirá como um exemplo para outras nações em busca de soluções de mobilidade sustentáveis. Estamos testemunhando o início de uma nova era de transporte ferroviário na América do Norte, onde o hidrogênio se torna uma fonte promissora de energia limpa e eficiente.
A conscientização e o conforto das pessoas com a tecnologia são os aspectos mais importantes destacados por Robert Stasko, diretor executivo do Conselho de Negócios de Hidrogênio de Ontário, em uma entrevista à CBC News.
Segundo a Alstom, os trens Coradia iLint oferecem desempenho de aceleração e frenagem comparáveis aos trens padrão a diesel, mas sem as emissões poluentes. As primeiras unidades começaram a operar na região da Baixa Saxônia, Alemanha, em 2022, embora o projeto e os testes tenham sido realizados desde 2016.
Até o momento, esse modelo de comboio já percorreu oito países europeus. A Alstom tem contratos na Alemanha, Itália e França, e 41 composições já foram encomendadas por clientes europeus, de acordo com a empresa especializada em transporte ferroviário e produção de energia.
Em comparação com trens convencionais, o Coradia iLint consome cerca de 50 quilos de hidrogênio por dia, de acordo com Serge Harnois, CEO da Hanois Énergies, fornecedora de combustível de hidrogênio para o trem. Essa quantidade é significativamente menor do que os cerca de 500 litros de óleo diesel consumidos por um motor padrão em uma viagem semelhante. Enquanto o trem a hidrogênio emite apenas vapor d’água ao longo de sua jornada, os trens a diesel liberam dióxido de carbono (CO2), um dos principais poluentes.
Após sua estadia no Canadá, o trem movido a hidrogênio deverá ser levado para outras regiões da América do Norte. O objetivo a longo prazo é promover a adoção generalizada desse veículo sustentável em diferentes partes do continente.
De acordo com CBC e Engadget
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