O governo da Índia aprovou um financiamento de R$ 12 bilhões para o desenvolvimento de hidrogênio verde, uma fonte de energia limpa e renovável. Este investimento tem como objetivo impulsionar a produção e o uso de hidrogênio verde na Índia, como uma forma de reduzir a dependência de fontes de energia fóssil e contribuir para a mitigação das emissões de gases de efeito estufa.
Este investimento é um primeiro passo para estabelecer a capacidade de produzir pelo menos 5 milhões de toneladas métricas de hidrogênio verde até o final da década, de acordo com as autoridades.
A iniciativa tem como objetivo tornar o hidrogênio verde mais acessível e reduzir seus custos em cinco anos, além de contribuir para a redução de emissões na Índia e torná-la um grande exportador no setor, de acordo com Anurag Thakur, Ministro da Informação e Radiodifusão da Índia.
Segundo Anurag Thakur, o financiamento também contribuirá para a adição de cerca de 125 GW de capacidade de energia renovável até 2030. Ele afirmou que, além disso, essa iniciativa visa a criação de mais de meio milhão de novos empregos, atrair mais investimentos privados para o setor, reduzir as importações de combustíveis fósseis e diminuir as emissões de gases de efeito estufa em 50 milhões de toneladas.
Em agosto de 2021, o governo brasileiro apresentou as diretrizes do Programa Nacional do Hidrogênio (PNH2) aos membros do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). O objetivo do PNH2 é estabelecer ações para facilitar o desenvolvimento conjunto de três pilares fundamentais para o sucesso da economia do hidrogênio: políticas públicas, tecnologia e mercado.
Além de atender a demanda interna, o Brasil possui grande potencial para se tornar um dos principais exportadores de hidrogênio para o mundo. Com uma vasta gama de fontes renováveis, como hidráulica, eólica e solar, e a capacidade de armazenar o hidrogênio em baterias, investidores já estão se interessando pela produção do combustível no país. Os portos de Pecém, no Ceará, de Suape, em Pernambuco, e do Açu, no Rio de Janeiro, estão chamando atenção de investidores estrangeiros.
Na Índia, muitas das principais empresas de energia renovável, incluindo empresas pertencentes ao Adani Group, Reliance Industries e JSW Energy; empresas do setor público como Indian Oil e NTPC Limited; e empresas exclusivamente renováveis, como a Renew Power, estão investindo na produção de hidrogênio verde. O hidrogênio verde é produzido a partir de fontes renováveis, como eólica e solar, e representa uma pequena fração do uso global de hidrogênio, estimado em cerca de 70 milhões de toneladas por ano. A maior parte do hidrogênio produzido comercialmente é o chamado hidrogênio cinza, produzido com combustíveis fósseis, e o hidrogênio azul, que também é feito com combustíveis fósseis, mas com o uso de sistemas de captura de carbono para reduzir as emissões. A produção de hidrogênio verde não emite gás de efeito estufa.
A Índia está oferecendo incentivos políticos para a produção de hidrogênio verde, seguindo o exemplo de muitos outros países, incluindo China, União Europeia e Estados Unidos. Os analistas do setor de energia esperam que os custos de fabricação do hidrogênio verde diminuam significativamente nos próximos anos e estimam que o mercado de hidrogênio verde crescerá 20 vezes, para US$ 80 bilhões (aproximadamente R$ 431 bilhões) até 2030.
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