O primeiro satélite para o Projeto Espacial de Energia Solar (SSPP) já foi lançado ao espaço. O SSPD (Demonstrador de Energia Solar Espacial) é o nome do satélite e seu objetivo é avaliar componentes individuais para tornar viável uma futura usina solar no espaço.
Embora o SSPD não seja ainda um gerador de energia solar espacial, ele é uma peça fundamental do projeto desenvolvido no Instituto de Tecnologia da Califórnia.
O objetivo a longo prazo é construir uma frota de naves espaciais modulares que coletem a luz solar, a transformem em eletricidade e a transmitam sem fios a grandes distâncias, especialmente para áreas que atualmente não têm acesso a energia confiável. No entanto, esta técnica apresenta desafios na cobertura devido ao feixe de micro-ondas necessário para transmitir a energia para o solo. É importante garantir que esse feixe não atinja áreas com população, tráfego aéreo ou concentrações significativas de vida selvagem, incluindo pássaros.
O satélite de 50 kg é composto por três experimentos, cada um destinado a testar diferentes aspectos da tecnologia de coleta de energia solar no espaço e sua transmissão para a Terra.
O primeiro experimento é o DOLCE (Experimento Composto Ultraleve Implantável em Órbita), que consiste na estrutura que irá conter os painéis solares. Deve ser desdobrada no espaço após o lançamento e tem como objetivo ser o ‘tijolo’ de um painel solar em escala quilométrica. O protótipo mede 1,8 x 1,8 metros e não possui painéis solares.
O segundo experimento é a avaliação das células solares. Em vez de um painel solar completo, a caixa contém 22 tipos diferentes de células fotovoltaicas, permitindo avaliar as células mais eficientes e duráveis no ambiente hostil do espaço. Este experimento é conhecido como Alba.
O terceiro componente do satélite é o experimento MAPLE, que significa “Experimento de Transferência de Energia por Arranjo de Micro-Ondas em Órbita Baixa”. Ele consiste em uma matriz de transmissores de energia leves e flexíveis, que são capazes de direcionar a energia para dois receptores diferentes, visando demonstrar a transmissão de energia sem fio a longas distâncias no espaço.
A estrutura DOLCE será submetida a testes nos próximos dias, com resultados previstos em breve. Já as células solares precisarão de meses de funcionamento antes que se saiba quais são as mais eficientes e duráveis. Os transmissores de micro-ondas também serão submetidos a repetidos testes em diferentes condições orbitais.
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